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Vitória do PS "boa demais" deixa maioria absoluta "muito mais distante"

“Provou-se que a ‘geringonça’ dá lucro, mas os lucros só são distribuídos pelo PS”, disse ainda Marques Mendes.

Vitória do PS "boa demais" deixa maioria absoluta "muito mais distante"
Notícias ao Minuto

23:47 - 08/10/17 por Pedro Filipe Pina

Política Marques Mendes

Uma semana após as eleições autárquicas, o país político sentiu mudanças e Marques Mendes deu este domingo, na antena da SIC Notícias, a sua opinião sobre a atualidade.

Além de ter adiantado que Santana Lopes está "inclinado" a candidatar-se, Marques Mendes fez ainda uma análise, um a um, sobre os nomes de candidatos à liderança do partido que surgiram esta semana.

A prolífica opinião de Marques Mendes, porém, não se ficou por aqui.

O antigo líder do PSD debruçou-se também sobre os resultados das eleições autárquicas e a saída de Passos Coelho que, acredita, trará mudanças "profundíssimas" à situação política nacional. É que, para Marques Mendes, o resultado do PS nas autárquicas foi "uma vitória boa demais" e, como tal, tem “o seu quê de pesadelo”.

E são dois pontos que destaca para justificar esta ideia: primeiro, "provavelmente António Costa já não quer mais eleições antecipadas", segundo, "a ideia de uma maioria absoluta para o PS ficou muito mais distante".

"Provou-se que a ‘geringonça’ dá lucro, mas os lucros só são distribuídos pelo PS", afirmou ainda Marques Mendes, que acredita ainda que, graças à dita 'geringonça', "mudou o quadro mental político e psicológico dos eleitores do PCP", que agora mais facilmente "se transferem" para os socialistas.

A saída de Passos Coelho "tem uma influência brutal no PS", insistiu Marques Mendes, explicando logo de seguida que Passos Coelho era o adversário que António Costa preferia numas futuras eleições legislativas, "para mostrar que de um lado estava a maldade, o rosto da austeridade, e do outro a bondade, o que dá vantagens de rendimento às pessoas. E isto acabou".

Por essa razão, defende o antigo líder 'laranja', a mudança de liderança do PSD pode assim vir a dificultar uma eventual maioria absoluta socialista. Tudo dependerá, porém, das condições em que o PSD se apresentar nas eleições legislativas.

Se Costa encontrar "um PSD fraco, pode ir à maioria absoluta, [mas] se encontrar um PSD forte, ou razoável, terá dificuldade em chegar à maioria absoluta". 

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