O que pode salvar o PSD nas autárquicas? “Nada”
Na reta final das campanhas eleitorais, Francisco Louçã faz uma projeção quanto aos resultados de domingo.
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Política Francisco Louçã
A fechar o último dia de campanha eleitoral, Francisco Louçã, na antena da SIC Notícias, teceu uma breve reflexão sobre as eleições autárquicas, fazendo uma antevisão dos resultados.
A mais recente sondagem da SIC aponta para que o Bloco de Esquerda eleja um vereador no Porto e outro em Lisboa. Questionado se esta é a estratégia do partido, Louçã é categórico ao afirmar que “os objetivos são bem mais vastos. O Bloco é a terceira força nacional, mas não o é a nível autárquico”.
No entanto, “devo alertar para a necessidade de se dever ser cauteloso na interpretação das sondagens. Recorde-se que, nas últimas eleições, em Cascais e em Sesimbra, a abstenção ultrapassou os 60%. E nestas eleições também pode haver concelhos em que a abstenção seja elevada, o que pode afetar as projeções. Aconselho muito cuidado a esse respeito”, defende o político português.
A sondagem divulgada apontou ainda para “o risco de o PSD, em particular em Lisboa e no Porto, ficar muito abaixo da sua média histórica”.
O episódio de hoje entre Teresa Leal Coelho e Marcelo Rebelo de Sousa “pode ter algum impacto”. Até porque “a candidata do PSD à Câmara de Lisboa não era a preferida e tinha pouca determinação, o que se exprime nos resultados".
Questionado sobre o que pode, de facto, salvar a noite do PSD, Francisco Louça responde: “Nada”.
Assunção Cristas, por sua vez, tem crescido nas intenções de voto, podendo ficar à frente do PSD, em Lisboa. Para Louçã, este resultado seria “uma grande vitória política”.
A concretizar-se esta possibilidade, “a aliança ente o PSD e o CDS vai mudar certamente”, defende o economista.
Já no campo do Governo, “o PS reforçou a sua posição nesta última semana. E em Lisboa irá ganhar certamente. Resta apenas saber se tem ou não maioria absoluta e qual o seu projeto de governação em função dos resultados”.
Em relação à CDU, ao longo da campanha das autárquicas, Jerónimo de Sousa “fez bem o seu papel e, por isso, terá uma noite tranquila”.
A coordenadora do Bloco, por sua vez, tem defendido que as maiorias absolutas não são bem-vindas. De facto, “no entender de Catarina Martins as maiorias absolutas são prejudiciais e eu partilho da mesma opinião. Em alguns casos pode significar a facilidade dos partidos em governarem as câmaras em sistemas que lhes são mais favoráveis. Um debate mais aberto pode ser uma melhor gestão”.
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