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Bloco de Esquerda recorda erros nos relatórios de Teodora Cardoso

A coordenadora bloquista considerou hoje que o Governo sabe "como os relatórios do Conselho de Finanças Públicas têm errado" e são "tudo menos isentos", considerando que Teodora Cardoso vive no país da direita, "à espera que corra tudo mal".

Bloco de Esquerda recorda erros nos relatórios de Teodora Cardoso
Notícias ao Minuto

19:44 - 28/09/17 por Lusa

Política Catarina Martins

Durante a arruada da campanha autárquica, que hoje à tarde desceu a Rua Morais Soares, em Lisboa, Catarina Martins foi questionada sobre a ideia defendida hoje pela presidente do Conselho de Finanças Públicas (CFP), Teodora Cardoso, de que a redução do défice não deve ser o único motivo para reduzir impostos e aumentar despesa pública, considerando que é necessário fazê-lo de forma estrutural.

"Não há nenhuma razão para voltar atrás nesse caminho [de recuperação de rendimentos] por causa de um relatório de uma entidade que, de facto, falhou clamorosamente as últimas previsões que fez e como já toda a gente sabe os relatórios têm sido do ponto de vista técnico falhados e do ponto de vista político são tudo menos isentos", respondeu.

Interrogada sobre se teme que o relatório hoje conhecido influencie negativamente as negociações para o Orçamento do Estado para 2018, a líder do BE foi perentória: "o Governo sabe tão bem como nós como os relatórios do Conselho de Finanças Públicas têm errado nas suas previsões e, portanto, não há razão nenhuma para que assim seja".

"A doutora Teodora Cardoso tem feito vários relatórios dizendo que devolução de rendimentos é impossível e que trará a catástrofe e tem-se visto que, ao contrário, é recuperar salários, pensões, que tem feito bem à economia portuguesa, começa-se a criar algum emprego no país", recordou.

Para a coordenadora do BE, há atualmente em Portugal dois países, sendo um deles aquele em que "ainda vive a direita", o país do "doutor Pedro Passos Coelho, da doutora Teodora Cardoso, que estão à espera que corra tudo mal".

"E um outro país, feito de quem vive do seu salário, da sua pensão, que o que têm é a expectativa de que se continue a recuperar os rendimentos das pessoas porque nenhum país estará melhor se as pessoas não estiverem melhor", concretizou.

O único caminho é, para Catarina Martins, "continuar esse trabalho de recuperar rendimentos, fazer justiça fiscal, lembrar que para os lucros das grandes empresas houve já vários cortes de impostos e para quem vive do seu trabalho, pelo contrário, a carga fiscal continua tão alta".

"Nós temos que fazer o nosso trabalho com base nos compromissos que fizemos em 2015. Provou-se virtuoso em Portugal recuperar rendimentos do trabalho, salários e pensões", defendeu.

A líder do BE quer assim continuar "a trabalhar para cumprir os compromissos" feitos em 2015 com o PS, no acordo assinado para apoiar parlamentarmente o Governo liderado por António Costa.

O CFP apresentou hoje a atualização do relatório 'Finanças Públicas: Situação e Condicionantes 2017-2021', no qual melhorou as suas projeções para a economia e contas públicas para esse período. Para o próximo ano, e a menos de um mês da entrega da proposta do Orçamento do Estado para 2018 (2018), a entidade estima agora que a economia cresça 2,1% e que o défice orçamental represente 1,3% do Produto Interno Bruto (PIB).

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