Catarina Martins diz que Direita "não é sequer uma escolha" nas eleições
A coordenadora do BE, Catarina Martins, considerou hoje que a "direita não é sequer uma escolha" nestas eleições porque PSD e CDS-PP prometem nas autárquicas "o exato oposto" do que fizeram no país enquanto estavam no Governo.
© Global Imagens
Política Bloco de Esquerda
Num comício de quarta-feira à noite da campanha autárquica, em Almada, distrito de Setúbal, Catarina Martins usou como exemplo o cartaz da candidatura do PSD que promete "menos impostos" no município e que tem como cabeça de lista à Assembleia Municipal a ex-ministra das Finanças Maria Luís Albuquerque.
"A direita vem prometer nas autárquicas o exato oposto do que fez quando estava no Governo e portanto, para qualquer pessoa que tenha dois dedos de testa, está fora da equação. Não é sequer uma escolha nestas eleições autárquicas", sustentou.
As escolhas que há para fazer em Almada, segundo a líder do BE, são "entre o cheque em branco da maioria absoluta" à CDU ou "a escolha exigente de juntar mais esquerda no executivo" para que se possa combater a precariedade.
Quando se ouviu na Incrível Almadense o nome da antiga governante do PSD, rapidamente os assobios chegaram, tendo Catarina Martins atirado: "andamos nós a negociar à esquerda como baixar o gigantesco aumento de impostos feito por PSD e CDS e vem Maria Luís Albuquerque dizer que quer menos impostos em Almada".
"Mais, dizem que querem baixar o IMI. Exatamente os mesmos que subiram o IMI e foi preciso uma nova maioria política para baixar o teto máximo do IMI no parlamento", exemplificou ainda.
Concretamente sobre o concelho onde a CDU se bate por renovar a maioria absoluta, a líder bloquista considerou que a "escolha eleitoral é ficar tudo na mesma ou fazer o Bloco crescer e trazer mais esquerda a Almada", acrescentando o BE "exigência à esquerda".
Esta ideia contra uma nova maioria absoluta da CDU em Almada, tinha sido trazida inicialmente pela cabeça de lista à câmara e deputada na Assembleia da República, Joana Mortágua, que citou o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, que na corrida para as legislativas de 2015 disse - e bem, na sua opinião - que "as maiorias absolutas são cheques em branco".
"A CDU pede às almadenses e aos almadenses maioria absoluta. Como diz o povo, em casa de ferreiro, espeto de pau", atirou.
Esta maioria absoluta em Almada, na opinião de Joana Mortágua, "não é merecida" pelo trabalho que tem vindo a ser feito no concelho, contrariando ainda quem defende que as eleições autárquicas não são a casa do BE, uma vez que "quando se luta pelos direitos das pessoas" é sempre a casa dos bloquistas e onde estes se sentem bem.
A deputada aproveitou ainda para dizer que Catarina Martins "é a melhor apresentação que os candidatos levam para a rua todos os dias".
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