Passos Coelho: Notícia da desconvocação da greve dos juízes é "magnifica"
O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje "uma magnífica notícia" a desconvocação da greve dos juízes, reiterando que consideraria "impensável" que membros de órgãos de soberania recorressem a essa forma de protesto.
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Política PSD
No final de uma ação de campanha autárquica numa empresa de transportes em Amares (Braga), Passos foi questionado sobre o anúncio da Associação Sindical dos Juízes Portugueses (ASJP) de que desmarcou a greve que tinha convocado para 03 e 04 de outubro.
"É uma magnifica notícia, tenho chamado a atenção para quão problemática seria uma greve dos magistrados. Cheguei a dizer que seria impensável que membros de órgãos de soberania fizessem greve", afirmou Passos Coelho.
O líder do PSD defendeu que, tal como "seria muito estranho" uma greve do Presidente da República e dos deputados, far-lhe-ia "identicamente confusão que os magistrados fizessem greve.
"Não estou a dizer que não possam ter as suas razões e que não precisem de ter um diálogo com o Governo, ele está a ter lugar. Se há boas razões para que associações sindicais estejam a desmarcar, acho que isso é positivo, alguma coisa evoluiu", saudou.
Passos alertou que o Governo criou "expectativas muito elevadas e agora tem um bocadinho de dificuldade em lidar com a realidade" e em falar da conjuntura económica que não permite satisfazer todas as necessidades, "muitas delas justas".
A paralisação dos juízes foi desconvocada após a ASJP ter verificado "grande abertura" dos grupos parlamentares para "discutir integralmente" o estatuto dos magistrados judiciais.
A ASJP tinha marcado uma greve para os dias 03 e 04 de outubro, em protesto contra o facto de o Governo se "mostrar intransigente" nas negociações para a revisão do estatuto dos magistrados judiciais, em particular no que toca à progressão profissional.
Quando anunciou a greve, em 08 de setembro passado, a ASJP referiu que, não obstante toda a abertura e sentido de responsabilidade demonstrados, "o Governo continua a desconsiderar os juízes com o seu ruidoso silêncio".
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