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Estado a que chegou Lisboa "não é obra do acaso"

A candidata do PSD à Câmara Municipal de Lisboa apontou hoje que os munícipes têm de ter consciência de que o estado da cidade "não é obra do acaso", mas sim da "ausência de planeamento" da maioria socialista.

Estado a que chegou Lisboa "não é obra do acaso"
Notícias ao Minuto

17:08 - 12/09/17 por Lusa

Política Teresa Leal Coelho

Intervindo num almoço debate promovido pelo 'International Club of Portugal', Teresa Leal Coelho alertou que "cada munícipe tem de ter consciência de que o estado a que a cidade chegou não é obra do acaso".

Na opinião da candidata social-democrata, os problemas da capital (referentes a habitação, trânsito, transportes ou estacionamento) devem-se a "medidas tomadas" pelo executivo presidido pelo socialista Fernando Medina, bem como a uma "ausência de planeamento", que não permite "a gestão integrada da cidade".

"Lisboa, em função desta falta de planeamento, é hoje uma cidade bonita, mas desequilibrada, injusta e até caótica", mas "tem muito mais capacidade do que aquela que parece, desde que haja descentralização", apontou Leal Coelho, defendendo que Lisboa "não deve estar dependente apenas do turismo" em termos económicos, pois isso constitui uma "visão de alto risco".

A cidade está "excessivamente dependente do turismo no plano económico", mas "tem de se dinamizar para que outros segmentos sejam o motor do crescimento da cidade", considerou.

Na intervenção denominada "a confiança como elemento crucial para o desenvolvimento da cidade", Teresa Leal Coelho considerou também que Lisboa "tem falhado para muita gente que está em dificuldades", tanto a nível de habitação, como pela falta de transportes e de estacionamento.

Na sua opinião, o "atual executivo camarário despreza o valor económico do património de que é proprietário".

Numa iniciativa que decorreu num hotel, no Saldanha, Teresa Leal Coelho respondeu a perguntas dos intervenientes e afirmou que as primeiras medidas que irá tomar caso seja eleita presidente da Câmara a 01 de outubro serão relacionadas com a habitação.

A social-democrata elencou que mesmo que estudos apontem que "os principais problemas de quem vota em Lisboa são referentes a estacionamento e trânsito", a sua candidatura irá primar por "trazer mais habitantes a Lisboa".

Advogando que de "2009 para 2016, Lisboa perdeu 45 mil residentes", a candidata disse que a sua "primeira medida será reabilitar dois mil apartamentos que estão degradados e pô-los no mercado a preços sustentáveis".

"O meu paradigma para a cidade é sobretudo de reabilitação e só depois de expansão, a cidade tem muito para oferecer depois de reabilitada", vincou.

Ainda sobre habitação, a cabeça de lista advogou que os terrenos da antiga Feira Popular deverão "ser loteados e levados a hasta pública em parcelas mais pequenas" que se destinarão a habitação, escritórios e espaço verde, com estacionamento subterrâneo.

Questionada sobre o incremento da videovigilância na cidade, Leal Coelho considerou que esta medida é "hoje em dia um instrumento determinante para prevenção e investigação de terrorismo e outras criminalidades, e que dá bastante segurança aos cidadãos".

Por isso, defendeu o alargamento da videovigilância "a mais pontos da cidade".

Já em matéria de transportes, Teresa Leal Coelho apontou que o seu programa eleitoral defende a "colocação de uma linha de carris" para fazer a ligação da Avenida Fontes Pereira de Melo até ao Campo Grande.

Na opinião da candidata, o Eixo Central de Lisboa "está demasiado ocupado com ciclovias e tem pouco espaço, mas é possível usar uma das vias de circulação para este efeito".

Como adversários nestas eleições autárquicas, marcadas para 01 de outubro, Teresa Leal Coelho terá Assunção Cristas (CDS-PP), João Ferreira (CDU), Ricardo Robles (BE), o atual presidente, Fernando Medina (PS), Inês Sousa Real (PAN), Joana Amaral Dias (Nós, Cidadãos!), Carlos Teixeira (independente apoiado pelo PDR e JPP), António Arruda (PURP), José Pinto-Coelho (PNR), Amândio Madaleno (PTP) e Luís Júdice (PCTP-MRPP).

A par do presidente, Fernando Medina, o executivo camarário é composto por dez vereadores da maioria socialista, três do PSD, dois da CDU e um do CDS-PP.

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