Tancos: PSD e CDS querem ouvir Azeredo Lopes no Parlamento
O PSD e o CDS-PP solicitaram hoje a realização de um debate de atualidade na próxima segunda-feira sobre "o alegado furto de Tancos".
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Política Debate
O PSD e o CDS querem que o ministro da Defesa seja ouvido, na segunda-feira, no Parlamento.
Em declarações à Lusa, o deputado do PSD Sérgio Azevedo sustentou que o esclarecimento sobre o que se passou na base militar de Tancos "é assunto de Estado, de soberania e merece tratamento privilegiado" em sede parlamentar.
Assim, os grupos parlamentares do PSD e do CDS-PP requereram a realização de um debate de atualidade na próxima segunda-feira, com o tema "o alegado furto de Tancos", esperando a presença do ministro da Defesa, Azeredo Lopes.
Recorde-se que a entrevista que Azeredo Lopes concedeu, este domingo, ao DN e à TSF tem gerado alguma controvérsia. A propósito do desaparecimento de armas dos paióis de Tancos, o ministro da Defesa Nacional referiu-se à falta de provas visuais, testemunhais ou confissão e admitiu que, "no limite", pode não ter havido qualquer roubo.
Após as declarações, esta segunda-feira o CDS pediu "a vinda do ministro da Defesa Nacional à comissão para clarificar o conteúdo das suas declarações e prestar todos os esclarecimentos sobre as averiguações em curso e as conclusões decorrentes dos inquéritos realizados até à data".
Também Pedro Passos Coelho se fez ouvir considerando a situação caricata e considerando que o Governo "lava as mãos" como que "não tendo nada que ver com o apuramento dos factos e com o andamento das investigações". O ex-primeiro-ministro “chamou a atenção para o enorme desnorte que o Governo tem evidenciado sobre o assalto em Tancos” e manifestou que gostaria que “os membros do Governo aparecessem a dar uma palavra de esclarecimento e a transmitir segurança sobre qual o papel do Estado.
Assunção Cristas foi mais longe e, no mesmo dia em que a entrevista foi divulgada, pediu a demissão do ministro. "O senhor ministro da Defesa Nacional mais uma vez veio mostrar que não tem a mínima noção do que é exercer o cargo que ocupa, que não tem estatura para o exercer, vem fazer perguntas, levantar dúvidas, quando aliás coloca a questão de que se calhar nem sequer há um furto. Dúvidas que só depreciam a instituição militar e que o colocam quase como um comum cidadão, como se nada soubesse e nada devesse saber", considerou a líder do CDS.
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