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Governo terá de fazer transferências para universidades e politécnicos

O PSD defendeu hoje que o Governo terá de fazer transferências para as universidades e politécnicos de modo a cobrirem os custos com pessoal, depois de uma reunião com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP).

Governo terá de fazer transferências para universidades e politécnicos
Notícias ao Minuto

14:43 - 12/09/17 por Lusa

Política PSD

"Aquilo que neste momento os reitores têm a convicção é que não vão usar receitas próprias para cobrir as carreiras", afirmou a vice-presidente da bancada do PSD Margarida Mano, em declarações aos jornalistas no parlamento.

Além do CRUP, o PSD irá reunir-se na quarta-feira com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), com a preparação do Orçamento do Estado de 2018 e as candidaturas ao ensino superior na agenda.

Na semana passada, o reitor da Universidade da Beira Interior (UBI), António Fidalgo, reivindicou a intervenção da Assembleia da República no problema do "subfinanciamento crónico" e do "garrote orçamental" que a instituição enfrenta e que a levou a não apresentar orçamento para 2018.

Pelas mesmas razões, outras universidades terão apresentado orçamentos de valor zero ou a tutela terá carregado valores idênticos aos do ano passado, referiu a deputada social-democrata.

"É óbvio que tem de haver transferências para as universidades e politécnicos de modo a cumprirem os compromissos, o pressuposto dos reitores será que não vão ser usadas as receitas próprias", disse.

Por outro lado, Margarida Mano manifestou a satisfação do PSD com o número de candidatos na primeira fase do ensino superior, defendendo que os sociais-democratas têm mérito no aumento verificado.

"É um aumento esperado para o qual o PSD deu o seu responsável contributo com o alargamento da escolaridade obrigatória em 2012, que foi implementada em 2013", defendeu.

No entanto, disse, "quem olha para os números com rigor, o que aparentemente senhor primeiro-ministro não terá tido oportunidade de fazer, verá que há problemas".

"Veem-se duas realidades: instituições de ensino superior litoral norte com taxa de colocação acima dos 95% e as restantes instituições com taxas até 60%", apontou, defendendo que o terá de ser pensado no futuro o papel do ensino superior na coesão territorial.

No domingo, António Costa, na qualidade de secretário-geral do PS, considerou que o aumento do número de alunos colocados no ensino superior mostra que os portugueses "voltaram a acreditar" que o país vai continuar a crescer e a criar empregos com qualidade.

"Tivemos uma das notícias mais importantes do resultado desta governação" com o anúncio de que, este ano, "como já não acontecia há muitos anos, aumentou o número de alunos a frequentarem o ensino superior", disse António Costa, no Centro de Congressos de Matosinhos, distrito do Porto, onde participou num almoço no âmbito da campanha da candidata do Partido Socialista à Câmara Municipal local, Luísa Salgueiro, nas autárquicas de 01 de outubro.

Esta notícia significa que os portugueses "deixaram de dar ouvidos àqueles que diziam que tínhamos licenciados a mais e que não era importante continuar a estudar", sublinhou.

Esta crítica levou, horas mais tarde, o líder do PSD, Passos Coelho, a desafiar António Costa a dizer quem é que em Portugal defende que o país tem licenciados a mais, acusando o primeiro-ministro de poder transformar-se num "agente poluidor" do debate político.

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