"Tem fundamento e razão esta luta dos enfermeiros pelos seus direitos"
O líder do PCP demonstrou o seu apoio ao protesto dos enfermeiros. Espera que estes "defendam os seus interesses" mas também os do SNS. Diz que Azeredo Lopes não pode "sacudir responsabilidades" do assalto a Tancos.
© Global Imagens
Política Jerónimo de Sousa
O PCP está ao lado dos enfermeiros nesta greve de cinco dias. Jerónimo de Sousa considerou esta terça-feira que a luta dos enfermeiros tem “conteúdo justo”.
"Tem fundamento e tem razão esta luta dos enfermeiros pelos seus direitos. Luta com objetivos, muitos deles que o PCP tomou iniciativa na Assembleia da República. Estou a falar das 35 horas, do pagamento das horas extraordinárias, do rendimento dos próprios enfermeiros especialistas", disse Jerónimo.
O líder comunista espera que "os enfermeiros façam o que sempre fizeram. Defendam os seus interesses e também os do SNS".
Mas apesar deste apoio à luta dos enfermeiros, Jerónimo considera que é importante haver diálogo com o Governo. "Fazemos votos para que haja uma solução, para que os problemas se resolvam".
O secretário-geral do PCP abordou ainda a greve dos juízes marcada para outubro. Também a considerou "justa", disse que "a luta é natural" e que "as formas de luta são uma decisão própria", mas deixou um apelo.
"Quanto aos juízes consideramos que não pode ser contraposto o exercício da democracia, designadamente das eleições. O apelo que fazemos é para que esse exercício democrático das eleições seja salvaguardado".
As recentes declarações de Azeredo Lopes sobre Tancos e que têm gerado polémica também foram comentadas por Jerónimo de Sousa.
"Considero que o ministro da Defesa não acertou quando não assumiu responsabilidades políticas. O ministro pode diretamente não saber, mas, eu dou-lhe um exemplo, quando há relatórios em caso de transmissão de comando, existe esse relatório que tem informação concreta e que o ministro deve conhecer. O ministro não pode sacudir responsabilidades".
No entanto, o líder do PCP recusou intrometer-se nas decisões que o Governo poderá tomar relativamente às declarações de Azeredo Lopes.
"O primeiro-ministro avaliará as condições políticas do ministro da Defesa", referiu.
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