"A Catalunha não tem muito a ganhar com a independência"
Apesar de esta ser uma matéria "difícil de analisar", Miguel Sousa Tavares considera que a Catalunha não terá muitos benefícios com a independência.
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Política Miguel Sousa Tavares
A questão do referendo independentista da Catalunha é vista por Miguel Sousa Tavares como uma matéria “difícil de analisar dos pontos de vista jurídico e político”.
Na antena da SIC, o comentador defende que “a Catalunha não tem muito a ganhar com a independência. Já é uma nação, dentro das nações espanholas, que tem a sua língua própria e tradições”. Aliás, “o Dia Nacional da Catalunha, que se celebra hoje, representa o último combate que o povo travou, em 1711, pela independência relativamente a Espanha”.
Para além disso, o escritor advoga que, num cenário de independência, “deveria haver uma maioria clara. Mas as sondagens não indicam isso. Acho que o que aconteceu no Parlamento na semana passada, a forma tumultuosa como decorreu a votação a favor do referendo, mostrou que há grandes divisões na Catalunha e que esta questão da independência não é pacífica”.
Questionado pelo jornalista em relação à posição que a União Europeia deveria adotar em relação ao referendo, o comentador defende que “começa a ser estranho o seu silêncio. A verificar-se a situação de independência, resta saber como a UE aceitará a Catalunha e se está preparada para assistir a outras secessões que poderão ocorrer, como Inglaterra com a Escócia e a França com a Córsega, por exemplo".
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