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PS e PSD trocam acusações sobre investimento público e serviços do Estado

Os deputados António Leitão Amaro e João Galamba, do PSD e do PS, respetivamente, estiveram, na noite desta quinta-feira, na antena da SIC Notícias a debater as negociações relativas ao Orçamento do Estado de 2018 e o ambiente na mesa foi de plena discórdia.

PS e PSD trocam acusações sobre investimento público e serviços do Estado
Notícias ao Minuto

23:20 - 07/09/17 por Pedro Bastos Reis

Política Debate

António Leitão Amaro acusou o Governo de estar a cortar no investimento público e nos serviços do Estado, bem como de andar a esconder as dificuldades, acusações que o socialista João Galamba considera serem de “um partido que está desesperado”.

Para o deputado do PSD, que não deixou de elogiar o Executivo pelo “compromisso com a consolidação orçamental”, há uma “escolha de desinvestir no Estado e nos serviços”. “A primeira coisa que o Governo fez foi diminuir o serviço público prestado por trabalhadores aos portugueses. Claro que tem de passar o mandato a cobrir esse tempo de serviço que dispensou”, acusou o Leitão Amaro, que afirma que o Governo e a maioria de Esquerda “põem sempre à frente dos portugueses as notícias simpáticas e populares”, apesar da “carga com outros impostos”.

“Esta conversa de facilidade fez com que o primeiro-ministro percebesse que as dificuldades estão lá. O Governo tem andado a escondê-las através de outros impostos, como nos combustíveis, ou de cortes na despesa de funcionamento e investimento público do Estado. Agora, percebe que há ainda maiores exigências no aumento de despesa ao nível do pessoal e o Governo percebe que está refém do seu discurso”, reiterou Leitão Amaro.

Por seu lado, João Galamba considera que estas acusações são “falsas” e acusa o PSD de ter feito “os maiores cortes de sempre” quando esteve no governo. “Tenho alguma dificuldade em ver o PSD, que fez os maiores cortes de sempre na saúde, na educação, nos transportes, em tudo, estar agora a criticar um Governo que está a aumentar, não ao ritmo que o Bloco [de Esquerda], o PCP e o PEV desejariam, mas que está a aumentar”, sublinhou.

Nesse sentido, para o deputado socialista, a questão mais importante nas negociações prende-se com a negociação com os partidos da Esquerda, uma negociação que, diz, não tem sido diferente das anteriores no que aos orçamentos diz respeito, reforçando as diferenças entre o Governo e os restantes partidos da maioria parlamentar.

“Sabemos, desde o início, que o Bloco, o PCP e o PEV não se sentem vinculados às metas orçamentais acordadas com Bruxelas. E têm sempre feito exigências orçamentais mais maximalistas. O PS, embora a reconheça a pertinência desses objetivos, tem como sua uma restrição que esses partidos não reconhecem”, explica João Galamba. “Os outros partidos querem mais, o PS tenta sempre negociar tendo em conta as suas restrições orçamentais, porque tem um défice para cumprir e que quer cumprir”, justifica.

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