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Nem sobre viagens pagas PSD e Bloco de Esquerda se entendem

No debate Esquerda/Direita, na SIC Notícias, Mariana Mortágua e Duarte Marques discutiram as alegadas viagens de dezenas de autarcas à sede da Microsoft.

Nem sobre viagens pagas PSD e Bloco de Esquerda se entendem
Notícias ao Minuto

23:58 - 06/09/17 por Notícias Ao Minuto

Política Debate

Convidados a comentar as alegadas viagens aos Estados Unidos oferecidas pela Microsoft a autarcas,  e onde dois militantes do PSD são apontados como responsáveis por endereçar os convites, Mariana Mortágua e Duarte Marques não chegaram, como era de esperar, a nenhum consenso.

Para Mariana Mortágua, esta questão trata-se de mais uma demonstração da promiscuidade existente entre partidos políticos, negócios e interesses económicos.

“Toda a gente se indigna pela promiscuidade que existe, mas quando falamos em casos concretos não há problema nenhum num ex-governante ir parar a determinada empresa” atirava, depois de dar alguns exemplos daquilo que considerava ser uma porta-giratória entre partidos e empresas, como o caso da ex-ministra das finanças Maria Luís Albuquerque, que segundo a bloquista, “foi trabalhar para um fundo que gere ativos e créditos problemáticos comprados aos bancos geridos pela ministra das finanças”.

O grande problema, diz Mortágua, é continuar a considerar que, por determinadas pessoas serem especialistas em certas áreas, esses casos podem acabem por ser validados, pois “há uma diferença entre alguém que tem uma profissão antes de exercer um cargo público e depois regressa à sua profissão e alguém que não tem essa profissão e que depois vai precisamente para a empresa com que andou a negociar”, explicou.

Duarte Marques, por seu lado, considera que se trata de uma questão de transparência. Que mais do que os autarcas serem convidados por multinacionais, pois essa “é, felizmente ou infelizmente, uma prática generalizada”, o importante é perceber  "se esses autarcas ou políticos fizeram contratos com essas empresas”.

“Não é por acaso que a AR está a estudar uma revolução no registo de transparência e no lobby para que isto seja público”, afirmou o social-democrata, defendendo que já que “relação entre empresas e estado terá de acontecer”, este quer que “autarcas, deputados e membros do governo revelem esses convites” para que depois possam ser alvo de escrutínio.

Para o deputado do PSD “o importante é saber se ultrapassaram as regras de conduta ou não”, ao que Mariana Mortágua respondeu que os vários argumentos dados pelo adversário de debate, visavam “legitimar práticas que são questionáveis e que não deviam existir”. Para Mortágua, não se trata de uma questão de transparência mas sim de considerar que “não há diferença entre público e privado”.

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