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"Negociações com parceiros têm decorrido com toda a normalidade"

O primeiro-ministro afirmou hoje que as negociações com o Bloco, PCP e PEV sobre o Orçamento para 2018 tem decorrido "com toda a normalidade", embora admitindo que as questões são mais visíveis em consequência do período eleitoral.

"Negociações com parceiros têm decorrido com toda a normalidade"
Notícias ao Minuto

22:34 - 06/09/17 por Lusa

Política António Costa

Esta ideia foi transmitida por António Costa na Assembleia da República, no final de uma reunião de cerca de três horas com dirigentes e coordenadores da bancada socialista.

Uma reunião sobre o processo de elaboração do Orçamento do Estado para 2018 que o primeiro-ministro repetirá na próximo quarta-feira, desta vez com todos os deputados do Grupo Parlamentar do PS.

Questionado se a negociação do Orçamento do próximo ano com o Bloco de Esquerda, PCP e "Os Verdes" está agora a ser mais difícil do que em 2016, António Costa procurou desdramatizar o processo negocial.

"Este orçamento tem as dificuldades de todos os orçamentos. Quando a manta não é excessiva, necessariamente temos de definir prioridades. Foi assim em 2016 e 2017 e vai ser assim em 2018", respondeu.

António Costa, porém, admitiu a existência de uma diferença de conjuntura política em relação a setembro de 2016.

"Talvez este ano seja mais visível, até pelo período eleitoral que estamos a viver, algumas dessas matérias", declarou, numa alusão às pressões dos parceiros de esquerda em matéria de descongelamento de carreiras na administração pública, aumento de pensões e introdução de novos escalões em sede de IRS.

Para o primeiro-ministro, no entanto, em termos globais, "as negociações têm decorrido com toda a normalidade".

"Vamos certamente encontrar boas soluções. Estamos neste momento a trabalhar na elaboração do Orçamento, que tem de cumprir o programa do Governo, os compromissos internacional de Portugal e os compromissos com os parceiros parlamentares. É isso que fizemos em 2016, em 2017 e que iremos fazer em 2018", disse.

Questionado sobre a dimensão que poderá ter o aumento das pensões no próximo ano, o líder do executivo recusou-se a quantificar.

"Podemos responder sobre o conjunto das medidas quando todas alas tiverem ajustadas num ponto de equilíbrio ótimo", justificou.

O Governo, na perspetiva de Costa, "tem demonstrado ser possível realizar um compromisso harmonioso do conjunto de objetivos".

"Para que isso aconteça é essencial que, desde a construção do Orçamento, até à sua execução, haja sempre rigor para assegurar que tudo será feito de forma sustentável, sem pôr em causa a meta de termos menos défice para assim podermos reduzir a dívida", alegou, antes de salientar a importância da vertente inerente à consolidação orçamental.

"Conforme reduzirmos a dívida reduzimos também a pressão internacional e melhoramos a expetativa que os mercados internacionais têm sobre a nossa situação económica e financeira. Com isto criamos melhores condições para reduzir sustentadamente o custo financeiro com a dívida, podendo então alocar esses recursos a outras necessidades que são mais prementes. Temos de ter uma visão estrutural e de sustentabilidade relativamente ao conjunto das nossas finanças públicas", insistiu o primeiro-ministro.

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