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Passos Coelho critica aqueles que atribuem rótulos de xenófobo ou racista

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, criticou hoje quem atribui rótulos de xenófobo ou de racista ao invés de discutir ideias sobre as alterações à lei de imigração e as suas consequências.

Passos Coelho critica aqueles que atribuem rótulos de xenófobo ou racista
Notícias ao Minuto

21:18 - 06/09/17 por Lusa

Política PSD

"Chamar xenófobo ou racista a quem defende a lei que existia e que existiu em Portugal durante vários anos, de resto com o apoio também do PS, parece-me uma coisa sem sentido", afirmou Passos Coelho aos jornalistas, em Aguiar da Beira.

Aludindo ao parecer do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) hoje divulgado pelo Diário de Notícias, Passos Coelho disse que ele não só não recomenda as alterações feitas, como considera "que elas podem trazer alguns riscos" para a segurança dos portugueses e "aparecem até em contramão do que se tem vindo a verificar a União Europeia".

"Quando isso acontece, nós esperaríamos que pelo menos esses partidos justificassem as alterações que fizeram com argumentos e não reagissem, assim como um disco riscado, voltando a chamar nomes a todos aqueles que alertaram para esses problemas", afirmou.

O líder social-democrata disse que, "pelos vistos, os próprios serviços do Estado também chamaram a atenção para esses problemas", não tendo "outro intuito que não seja zelarem pela segurança e por boas práticas ao nível da lei da imigração".

Passos Coelho mostrou-se preocupado com as consequências das alterações à lei de imigração: "Nós sabemos que vivemos numa sociedade que deve ser aberta e os nossos valores são de promover uma sociedade aberta. Mas uma coisa é ter uma sociedade aberta, outra coisa é ter uma sociedade de porta escancarada a qualquer coisa".

Na sua opinião, viver no mundo atual "a ignorar as ameaças potenciais não é uma coisa que faça sentido".

"Não queremos uma sociedade fechada, que discrimine as pessoas, mas não podemos viver sem o mínimo de controlo e de segurança", sublinhou, admitindo que, "em democracia, muitas vezes essa não é uma fronteira fácil".

"Portugal até hoje esteve isento desse tipo de ameaças, era bom que não fizéssemos por nos expor a esse tipo de risco", acrescentou.

Na Festa do Pontal, em 13 de agosto, Passos Coelho acusou o Governo de fazer uma cedência ao "radicalismo de esquerda" com uma alteração "à lei de estrangeiros, que na prática permite que qualquer pessoa possa ter autorização de residência em Portugal desde que arranje uma promessa" de contrato de trabalho.

Na altura, PS e BE criticaram estas declarações do líder social-democrata, considerando que se tratou de um discurso "racista e xenófobo".

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