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Costa frisa que a "maior parte dos fundos não foi recebida pelo Estado"
O primeiro-ministro reagiu à polémica em torno do eventual desvio de donativos para as populações de Pedrógão Grande. António Costa pediu para que fosse publicado quadro que esclarece o montante recebido e para onde foi canalizado.
© Getty
Política Donativos Pedrógão
António Costa marcou presença na entrega dos prémios António Champalimaud que decorrem esta terça-feira na Fundação Champalimaud, em Lisboa. Como já seria previsível, o primeiro-ministro foi confrontado com a polémica em torno de um eventual desvio dos donativos destinados a Pedrógão Grande.
"É bom termos esta oportunidade para esclarecer que a maior parte dos fundos não foram recebidos pelo Estado", afirmou António Costa perante os jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa já tinha dito esta terça-feira que o Estado não gere todos os donativos para Pedrógão e António Costa assumiu que nem todo o dinheiro gerado entrou no fundo Revita, o fundo que foi criado pelo Governo. "Não posso obrigar ninguém a entregar o dinheiro a este fundo e não a outro qualquer", acrescentado que "o Estado só responde pelo dinheiro que lhe foi confiado".
De forma a não restarem mais dúvidas sobre o destino do dinheiro recebido pelo Estado, António Costa já pediu a um dos membros do seu Governo para publicar o quadro do fundo Revita, que esclarece o montante que entrou no fundo e para onde foi canalizado.
O líder do Executivo disse ainda que as manifestações de verbas para entrar no fundo Revita atingiram os 4,9 milhões de euros, mas que as verbas recebidas foram de 1,9 milhões.
António Costa acrescentou que foi já a prever situações destas que este fundo foi criado, pois era necessário que tudo decorresse de "forma organizada", tendo em conta o "volume da generosidade e das verbas que estavam a ser entregues".
O primeiro-ministro disse que a primeira prioridade deste fundo são as habitações, tendo já sido recuperadas 19 e esclareceu que ainda está em "aberto o período para as candidaturas aos apoios dos agricultores. Conforme vamos tendo as candidaturas, vamos libertando as verbas".
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