PCP dispensa "conselhos venenosos" de Marques Mendes
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou hoje em Palmela que os comunistas são "suficientemente experientes para dispensar conselhos venenosos vindos, designadamente, do doutor Marques Mendes".
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Política Jerónimo de Sousa
Jerónimo de Sousa, que falava aos jornalistas durante uma visita às Festas das Vindimas, em Palmela, no distrito de Setúbal, disse que não fazia sentido estar a dizer desde já como irá o PCP votar o Orçamento de Estado para 2018, uma vez que o documento ainda não está fechado, ao ser confrontado com a possibilidade de abstenção dos comunistas referida no domingo pelo comentador televisivo Marques Mendes no seu espaço na Sic.
"É muito difícil, convenhamos, ter uma posição a favor, contra, ou de abstenção, em relação a uma coisa que [ainda] não existe. Em segundo lugar, sem comentar comentadores, seja o doutor Marques Mendes, sejam dirigentes do PSD. O que dizemos é que somos suficientemente experientes para dispensar conselhos venenosos vindos, designadamente, do doutor Marques Mendes", disse o líder comunista.
"Estamos nesta batalha, não é com reservas mentais. Lutaremos pela melhoria das condições de vida dos trabalhadores e do povo também no Orçamento de Estado. Como se sabe, o compromisso da posição conjunta, é esse exame comum que está a ser feito e, perante uma proposta concreta [do Orçamento de Estado para 2018], decidiremos em conformidade", acrescentou.
Questionado sobre a possibilidade de o PCP defender também uma redução do IRC, a par da redução que reclama no IRS, Jerónimo de Sousa deixou claro que, para os comunistas, a prioridade é a reposição dos cortes efetuados pelo anterior governo nos rendimentos do trabalho.
"Nós consideramos que, neste momento, do que se trata, é de desagravar quem foi profundamente martirizado pelo governo anterior. Em relação ao IRC não houve nenhuma penalização. O que nós consideramos é que, para se conseguir esse objetivo de mais justiça fiscal, é essa linha de desagravamento. E, por exemplo, encontrar como solução a derrama para empresas que tenham lucros superiores a 35 milhões de euros. Era uma medida perfeitamente justa que compensaria em termos de verbas fiscais", disse.
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