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"Cavaco Silva é vingativo e calculista, oculto e com tabus"

Joaquim Jorge critica a postura de Cavaco Silva, argumentando que este “sempre foi procrastinado, oculto e com tabus”. Já Marcelo "é culto, inteligente e dotado”.

"Cavaco Silva é vingativo e calculista, oculto e com tabus"
Notícias ao Minuto

13:00 - 04/09/17 por Notícias Ao Minuto

Política Joaquim Jorge

A intervenção de Cavaco Silva na Universidade de Verão do PSD deu o mote para uma reflexão de Joaquim Jorge, fundador do Clube dos Pensadores.

Num texto de opinião enviado à redação do Notícias ao Minuto, o comentador político defende que “o desempenho de Marcelo Rebelo de Sousa fez com que Cavaco Silva desse um apoio improvável a Pedro Passos Coelho, que está com uma enorme baixa de popularidade”. Joaquim Jorge acrescenta que o ex-chefe de Estado “partilha da visão económico-financeira de Passos Coelho: aumento dos impostos indiretos e cativações de despesas correntes com deterioração da qualidade dos serviços públicos”.

Para o fundador do Clube dos Pensadores, “Cavaco Silva é vingativo, calculista, achando-se mais dono da verdade do que os outros e nunca faz ataques diretos e na altura devida. Quando era Presidente da República, nunca atuou contra José Sócrates, então primeiro-ministro, alegando as limitações dos poderes presidenciais. Deixou sair de cena José Sócrates e desancou forte e feito na sua pessoa”, frisa.

Já fora do cenário político há alguns meses, Cavaco Silva aproveitou agora a oportunidade para, na opinião de Joaquim Jorge, “atacar o estilo de Marcelo”. O antigo líder do Partido Social Democrata “julgava-se imprescindível. Cavaco pensava que a instituição Portugal que liderava estava perdida sem ele. O problema de Cavaco Silva é que Marcelo é muito mais popular do que ele alguma vez foi”, alega. 

Na crítica à postura de Cavaco Silva, Joaquim Jorge vai mais longe e afirma perentoriamente que o economista “achava que estar no alto do seu pedestal lhe conferia autoridade e saber, assim como o distanciamento competência e respeitabilidade”.

Contrariamente a Cavaco, “Marcelo Rebelo de Sousa gosta de estar próximo dos portugueses e do que se passa ao seu redor, em vez de estar enfiado no Palácio de Belém. Os portugueses apreciam a sua maneira de ser e de estar”, defende.

Na perspetiva de Joaquim Jorge, o atual presidente da República “pratica um populismo que é bom e que vai de encontro ao que os portugueses procuram”. Porém, “por vezes exagera e banaliza, mas é o risco que corre”.

Com efeito, o comentador político é “mil vezes” mais partidário do estilo de Marcelo do que de Cavaco. “Os tempos mudaram, mas Cavaco Silva parou no tempo. Vive em Lisboa, mas parece que nunca saiu de Boliqueime”, reitera.

Para finalizar, Joaquim Jorge acusa Cavaco Silva, argumentando que este “sempre foi procrastinado, oculto, com tabus, não revela o seu jogo, dilata as suas decisões e cria incerteza”. Já Marcelo revela uma postura mais “próxima, direta, afetuosa, envolvente e popular. Além disso, e mais importante: é culto, inteligente e dotado”.

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