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"Cavaco não pode ter opinião? Tem de ser logo o que 'precisa de palco'?"

O líder do Partido Social Democrata, Pedro Passos Coelho, centrou parte do seu discurso naquilo que considera terem sido reações "intolerantes" e "incompreensíveis" à intervenção de Cavaco Silva na Universidade de Verão do partido.

"Cavaco não pode ter opinião? Tem de ser logo o que 'precisa de palco'?"
Notícias ao Minuto

14:07 - 03/09/17 por Melissa Lopes

Política Pedro Passos Coelho

Pedro Passos Coelho atacou, no discurso de encerramento da Universidade de Verão da JSD, aqueles que 'caíram em cima' de Cavaco Silva, por este ter "exprimido a sua opinião", a "sua visão crítica da política". "O doutor Cavaco Silva não tem direito a exprimir a sua opinião?", perguntou. O líder social-democrata considerou as "muitas reações" às intervenções feitas na Universidade de Verão do partido "intolerantes e incompreensíveis nos tempos em que vivemos".

"Como é que é possível que alguém possa indignar-se por um ex-Presidente da República (PR) que só foi Presidente durante dez anos, 1º ministro outros 10 (...) quando resolveu, dentro do seu exercício cívico, analisar a situação portuguesa e europeia e a sua visão crítica da política?", questionou Passos Coelho, dirigindo farpas especificamente a António Costa que afirmou que Cavaco tinha "saudades do palco".

"Se o fizer [expressar a sua opinião], Cavaco Silva tem de ser logo o ressabiado, aquele que precisa de palco", lamentou, prosseguindo no mesmo tema.

"Não podem tomar o que disse pelo valor do que disse e contraditá-lo se acharem que o que disse não merece a sua concordância? Porque procura-se desqualificar a pessoa, como se não tivesse direito à sua opinião, ainda para mais uma opinião bem fundamentada (...) Esta não é uma forma madura de discutir a política e viver a democracia", ajuízou.

"O mesmo que disse de Cavaco Silva podia ter dito do deputado Paulo Rangel que veio, e bem denunciar, a confusão que se faz na Geringonça entre o Estado Social e o 'estado salarial'. (...) Mas é verdade, sabemos que isto acontece. Esperávamos que a reacção pudesse basear-se nos factos. É muito mais fácil chamar mentiroso a alguém, do que desmontar a mentira, em particular quando ela corresponde à verdade. É muito difícil fazê-lo", considerou ainda. 

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