"Medina está a ser amparado e levado ao colo pelo primeiro-ministro"
Candidata do CDS a Lisboa faz duras críticas ao atual presidente da Câmara e ao primeiro-ministro António Costa.
© Global Imagens
Política Assunção Cristas
Assunção Cristas, líder do CDS e candidata pelo partido à Câmara de Lisboa, afirmou este sábado aos jornalistas que o rival Fernando Medina "é alguém que está a ser amparado e levado ao colo pelo primeiro-ministro". Questionada pelos jornalistas, à margem de uma visita ao mercado 31 de Janeiro, em Picoas, Assunção Cristas afirmou que António Costa "dá muitas ajudas a Fernando Medina".
Além disso, Cristas diz sentir que Costa parece falar ainda como se fosse presidente da Câmara de Lisboa. "O que mostra também alguma fragilidade de Fernando Medina que é um bocadinho alguém que está a ser amparado e levado ao colo pelo primeiro-ministro", frisou.
Confrontada com questões da política nacional, nomeadamente a perspetiva positiva da Moody's para Portugal, a centrista admitiu ser uma notícia positiva. Porém, notou que, apesar disso, "ainda não subimos o rating [que se mantém no nível lixo]".
"A troika saiu há três anos do nosso país, nesta altura a dívida pública devia estar muito mais baixa do que está. Ontem saíram dados do Banco de Portugal que mostram que a dívida pública atingiu novo histórico e aquilo que sentimos é que há muito para fazer nessa área", comentou Cristas, acusando o Governo de não mostrar uma "estratégia clara, duradoura e sustentável na redução da dívida pública". Mais ainda quando "estamos com uma conjuntura muito favorável". "Deveríamos aproveitar para resolvermos os problemas estruturais", reforçou.
Instada a comentar as declarações de Paulo Rangel sobre vítimas dos cortes brutais feitos pelo Governo, Cristas referiu não ter ouvido tais declarações, contudo, o que o CDS sente é que "há um país cor-de-rosa, aquele da imaginação do primeiro-ministro, e depois há o país real, que nós visitamos e ouvimos tantas críticas".
Cristas destacou a área da Saúde e da Educação para exemplificar as áreas onde existem "cortes cegos das cativações" e lembrou que nunca um governo fez tantas cativações que se tornaram em cortes efetivos que significaram a "degradação dos serviços públicos". "Há um discurso que muitas vezes não cola com a realidade. Há muitas pessoas a serem afectadas pelas políticas do Governo que, além do mais, não são transparentes. O primeiro ministro quando aprova um Orçamento do Estado diz uma coisa, depois quando executa a realidade é muitíssimo diferente. As listas de espera nas listas de cirurgias", criticou ainda.
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