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Caso Selminho: Com protagonista ausente, 'armas' apontaram a Pizarro

Manuel Pizarro (PS), Álvaro Almeida (PSD), Ilda Figueiredo (CDU) e João Teixeira Lopes (Bloco) estiveram presentes para representar os seus partidos na luta pela vitória nas autárquicas. Rui Moreira ficou de fora, após declinar o convite da TVI.

Caso Selminho: Com protagonista ausente, 'armas' apontaram a Pizarro
Notícias ao Minuto

23:45 - 31/08/17 por Inês André de Figueiredo

Política Autárquicas

Selminho. O tema é quente e fez agitar as águas do Rio Douro nos últimos meses. Agora, em tempo de autárquicas, os partidos da oposição atacam e contra-atacam e procuram mais respostas do que aquelas que, até então, foram apresentadas. O debate com Manuel Pizarro (PS), Álvaro Almeida (PSD), Ilda Figueiredo (CDU) e João Teixeira Lopes (Bloco) decorreu na Fundação Serralves e foi transmitido na antena da TVI.

se o principal protagonista esteve ausente, as ‘armas’ estiveram apontadas a Manuel Pizarro, que se defendeu, revelando confiar plenamente na “equipa técnica e política que geria a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM)”.

Pizarro esteve em pacto de silêncio com Rui Moreira”, atirou logo de início João Teixeira Lopes, dando azo à discussão que haveria de se tornar longa.

O que aconteceu foi muito grave”, prosseguiu, falando de uma “questão de ética” e revelando que “todo o processo administrativo deve ser considerado nulo, porque com a procuração que passou, Rui Moreira fez promessas à Selminho e isso é ilegal porque o PDM tem de ser aprovado pelo executivo e pela Assembleia Municipal”.

“Os terrenos são propriedade da Câmara Municipal do Porto como os vários serviços reiteraram. Os estudos técnicos mostram que não é possível construir naquela escarpa. Aquele terreno valia zero e com estas promessas que foram feitas vale para cima de 10 milhões de euros. Veja bem o passo de magia”, esclareceu.

Já Ilda Figueiredo, da CDU, recordou que foi o seu partido quem “levantou o problema e o colocou na opinião pública”, reiterando que ainda há tempo de “impedir algumas coisas”.

Pizarro respondeu, defendeu-se e foi perentório: “Tenho absoluta confiança na equipa técnica e política que geria a revisão do PDM. Aguardo a clarificação dos técnicos em quem confio sobre se há ou não há capacidade de edificação”.

Nesta senda, o candidato socialista garantiu ainda que não tem a certeza se a edificação era ou não permitida no local, já que ainda não viu “nenhum relatório que diga isso de forma taxativa”.

Manuel Pizarro frisa, deste modo, que “a posição política será definida em função daquela que for a análise técnica à capacidade construtiva”

Por seu lado, Álvaro Almeida acho que o caso é “lamentável” e que houve uma “intervenção legítima do presidente da Câmara no processo [Selminho], apenas não é razão para perda de mandato, mas houve intervenção que não devia ter acontecido”

“Há uma falta de respeito pelos cidadãos do Porto. Havendo um diferendo entre a Selminho e a Câmara Municipal do Porto que já vem de trás era ético que o candidato à câmara declarasse esse conflito de interesses. Coisa que não fez”, recordou o candidato social-democrata.

Rui Moreira e PS, o acordo foi rasgado e não há volta a dar

Quanto a um possível acordo com Rui Moreira após eleições autárquicas, Manuel Pizarro afasta-se e recorda o ‘romper’ de acordo levado a cabo pelo presidente do Porto. “As circunstâncias em que Rui Moreira rompeu o acordo que tinha com o PS têm evidentemente consequências para o futuro”, começa por dizer.

“Aconteça o que acontecer, não será possível repetir o cenário de coexistência solidária que durante estes três anos e meio ajudou tanto ao progresso da cidade e à concretização de muitas medidas que eram importantes para os cidadãos”, acrescentou o socialista.

Assim, haverá a necessidade de “ver as condições de governação a seguir” às eleições, mas o candidato dá certezas de que “não haverá um acordo nas mesmas condições, isso é evidente”.

“Essa hipótese está afastada, até seria estranho como é que Rui Moreira conseguiria explicar agora que três meses depois de ter criado uma rutura com o PS nos vinha convidar de novo para participar na governação. Não criaremos obstrução, mas um acordo nas mesmas condições não acontecerá”, concluiu.

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