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"Estado paga 22 euros por dia para que bombeiros sejam bem alimentados"

O secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, esteve presente num debate da TVI24 onde foi discutida a questão dos incêndios em Portugal.

"Estado paga 22 euros por dia para que bombeiros sejam bem alimentados"
Notícias ao Minuto

22:04 - 30/08/17 por Inês André de Figueiredo

Política Jorge Gomes

Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, esteve esta noite num debate na antena da TVI24 sobre incêndios florestais, onde estiveram também presentes Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros e os presidentes das câmaras de Mação, Vasco Estrela, e Gavião, José Pio, alguns dos concelhos mais assolados do país.

Questionado sobre o tema da alimentação dos bombeiros, que espoletou uma enorme polémica devido à divulgação de imagens sobre as refeições dos homens que lutam contra o fogo, Jorge Gomes garantiu que nunca assistiu a uma situação destas.

Não quero pensar nisso, nem é justo pensarmos que há dinheiro [da alimentação dos bombeiros] que está a ser desviado. Daí que tenha determinado à Direção Nacional de Auditoria e Fiscalização a abertura de um inquérito para saber o que está a acontecer de errado nos procedimentos”, começou por recordar o secretário de Estado.

O membro do Governo realça que é preciso haver a “tranquilidade de que os nossos bombeiros estão a ser alimentados como devem ser alimentados”, principalmente porque “o Estado paga 22 euros por dia para que os bombeiros sejam bem alimentados”.

Tive sempre o cuidado de jantar onde os bombeiros jantam, nunca tive nenhum privilégio, ou seja, era mais um cidadão e comi sempre bastante bem, mas é preciso saber se isto é generalizado ou se pode haver um caso ou outro”, frisou Jorge Gomes.

Incêndios em Mação e Gavião

“Estive presente com eles [presidentes de câmara], senti o sofrimento, o empenho e o desespero dos autarcas que não era inferior ao meu, nem ao do Governo. Porque nós sentimos isto de forma diferente porque temos a noção do país inteiro e os autarcas do seu concelho, mas estamos e estivemos lá para colaborar”, recordou o secretário de Estado.

E quanto aos meios disponíveis para combater os fogos, Jorge Gomes é perentório: “Os meios são finitos. Tivemos um dia com 72 ocorrências e temos 11 meios aéreos pesados, portanto tem de falhar em algum lado. Todos os autarcas querem, e bem, ter meios aéreos junto do seu concelho. E há, como é óbvio, uma gestão nacional dos recursos, que não me compete a mim. A mim compete-me fazer a gestão política da preparação da época dos incêndios e durante a ocorrência”, esclareceu, acrescentando que não pode “aceitar de animo leve que haja desvio ou propósito em desvio porque quando se está a gerir um país que está com incêndios de grande dimensão, os recursos são poucos, os meios aéreos também”.

“Um terço dos incêndios começam à noite e isto tem de nos chamar à atenção enquanto cidadãos para esta preocupação”, atirou ainda, numa referência clara ao fogo posto.

“Está na hora de reformar a floresta e a lei existe. Neste momento temos de nos agarrar ao projeto que existe e começarmos a divulgar os diplomas. Temos de fazer o trabalho de implementação das medidas que estão adotadas”, referiu Jorge Gomes, realçando que é um trabalho para ser levado a cabo em conjunto.

[Notícia atualizada às 22h27]

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