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Cinco principais candidatos debateram Lisboa pela primeira vez

Fernando Medina (PS), Teresa Leal Coelho (PSD), Assunção Cristas (CDS), João Ferreira (CDU) e Ricardo Robles (Bloco de Esquerda) estiveram na antena da SIC, esta quarta-feira, a debater as suas propostas para a capital do país. Confira o que pretendem.

Cinco principais candidatos debateram Lisboa pela primeira vez
Notícias ao Minuto

21:35 - 30/08/17 por Patrícia Martins Carvalho

Política Autárquicas

O primeiro frente-a-frente entre os candidatos dos principais partidos a Lisboa aconteceu esta quarta-feira. O socialista Fernando Medina, a social-democrata Teresa Leal Coelho, a centrista Assunção Cristas, o comunista João Ferreira e o bloquista Ricardo Robles 'esgrimiram' os seus argumentos, na antena da SIC, rumo a Lisboa.

Todos querem ocupar o lugar que pertence, atualmente, a Fernando Medina que, recorde-se, sucedeu a António Costa atual líder do Governo. Mas o que criticam? Por que prioridades lutam? Que mudanças prometem?

Fernando Medina e o "direito à habitação para todos"

"Defini um conjunto de prioridades que são no fundamental três: prosseguir o dinamismo atual da cidade, que está a recuperar bem da crise por que passámos; resolver os chamados problemas pesados, sendo o principal a questão dos transportes públicos – o Estado central não realizou na área metropolitana de Lisboa ou na cidade de Lisboa a estratégia que precisávamos. A nossa bandeira central passa pelos investimentos a nível metropolitano para melhorar a mobilidade, pelos investimentos no Metro que dependem da administração central; promover a habitação e o acesso à habitação. Este dinamismo económico agudizou um problema na cidade que é o aceso à habitação. Essa concretização do direito à habitação para todos é uma prioridade grande e vamos avançar com programa inovador no país que durante várias décadas não teve políticas publicas de habitação acessível para as classe médias".

A nossa bandeira central passa pelos investimentos a nível metropolitano para melhorar a mobilidade, pelos investimentos no Metro que dependem da administração central; promover a habitação e o acesso à habitação

João Ferreira e o "declínio profundo de setores da base económica"

"Estamos a fechar um ciclo de dez anos de governação do PS. Oito desses dez anos esteve com maioria absoluta e os lisboetas são chamados a fazer um balanço. Não partimos de uma posição de que foi tudo mau feito nestes 10 anos. Muitas coisas que foram bem feitas tiveram na sua origem iniciativas da CDU. Eu não partilho da apreciação que é feita em relação ao desenvolvimento económico da cidade, ao longo desta década experimentamos uma certa erosão da base económica. Alguns referem-se à monocultura do turismo. Houve setores da base económica da cidade que entraram num declínio profundo ao longo destes anos: comércio tradicional, perdeu o único porto de pesca que existia no estuário do Tejo, evolução muito negativa que existiu da habitação nacional dependeu de políticas nacionais com responsabilidades do PSD e CDS que são pesadas. Nada foi feito ao longo destes 10 anos para promover o acesso à habitação daqueles que se viram empurrados para fora de Lisboa".

Não partimos de uma posição de que foi tudo mau feito nestes 10 anos. [Mas] houve setores da base económica da cidade que entraram num declínio profundo ao longo destes anos

Teresa Leal Coelho e "o problema mesmo dramático"

"O principal problema é este movimento de saída de Lisboa que aconteceu nos últimos anos. Lisboa tem perdido muita população, as pessoas que querem viver em Lisboa não conseguem devido às políticas que foram seguidas pelo atual Executivo camarário. Há aqui um problema mesmo dramático: com a saída sucessiva de pessoas da cidade de Lisboa a demografia envelheceu extraordinariamente".

Lisboa tem perdido muita população, as pessoas que querem viver em Lisboa não conseguem

Assunção Cristas, os "idosos, as crianças" e a "EMEL caça-multa"

"As grandes questões da cidade para nós são a mobilidade e a política social, e isso prende-se com a questão da habitação. População envelhecida e famílias com muito poucas crianças. Precisamos de ter pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais, precisamos de trabalhar em muitas políticas e, certamente, em políticas de apoio à natalidade e nas creches – o concelho de Lisboa é de todo o país que está pior ao nível de creches, o que é uma promessa de António Costa que ficou por cumprir. Há o problema dos mais idosos que precisam de uma rede de cuidadores de proximidade. A solução não pode ser a institucionalizar as pessoas em massa. O PS na autarquia não teve nenhuma política de habitação durante dez anos. E outra coisa: com o caos no estacionamento que nós temos na cidade de Lisboa é muito difícil as pessoas quererem viver na cidade de Lisboa. As políticas de habitação passam também pelo estacionamento e, por isso, propomos um Lisboa Parque que é um estatuto de benefício para os residentes  porque neste momento o que têm é uma EMEL caça-multa. Há gente que sai da cidade simplesmente porque não consegue estacionar ao pé de casa".

Precisamos de pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais, precisamos de trabalhar em muitas políticas e, certamente, em políticas de apoio à natalidade e nas crechesRicardo Robles e "prioridade: a habitação"

"A prioridade das prioridades em Lisboa é a habitação, sem dúvida. Temos de olhar para os últimos dez anos e fazer o balanço: o que é que foi feito? Temos também que olhar para as candidatas da Direita para a lei do aumento das rendas – da responsabilidade da candidata Assunção Cristas no governo de Passos Coelho – e perceber que esse foi o maior ataque aos moradores e ao direito à habitação nas cidades do país. Os despejos, o aumento das tendas, expulsão de quem gosta de viver na cidade de Lisboa que foi expulsa por causa desta lei. Mas é preciso apontar as responsabilidades a quem governou a cidade nos últimos dez anos. Eu oiço agora ser uma prioridade para Fernando Medina a questão da habitação e lembro-me de todos os programas do PS. No dia da tomada de posse do presidente Fernando Medina eu ouvi-o dizer: eu vou trazer para a cidade de Lisboa cinco mil famílias. Sabe quantas destas famílias vieram para a cidade de Lisboa? Zero. Não há uma chave entregue"

A prioridade das prioridades em Lisboa é a habitação, sem dúvida

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