"PCP e Bloco estão a esticar demais a corda. É preciso calma"
Fundador do Clube dos Pensadores deixa alerta para que país não regresse aos tempos em que se gastava mais do que se podia.
© D.R.
Política Joaquim Jorge
Joaquim Jorge defende que “antes de aumentos de ordenados e alteração de escalões”, é necessário rever os procedimentos das reformas antecipadas.
“Não questiono a justiça de quem descontou 48 ou 46 anos para a segurança social e Caixa Nacional de Pensões se possa reformar sem cortes. Acho justíssimo e socialmente relevante. Mas também acho importante os desempregados de longa duração que foram ‘obrigados’ a reformar-se, pois não tinham outra fonte de rendimento e foram duplamente penalizados: 0,5% por cada mês e fator de sustentabilidade (13,88%)”, escreve num artigo de opinião enviado ao Notícias ao Minuto, considerando que “o PCP e o BE estão a esticar demais a corda”.
Lembrando que o descongelamento das carreiras do Estado, os novos escalões no IRS, e a entrada em vigor das reformas antecipadas de longa duração sem cortes “custa muito dinheiro”, o fundador do Clube dos Pensadores deixa um alerta: “Vamos com calma!”.
“É preferível manter os ordenados e conseguir que muitos desempregados acedam ao mercado de trabalho, do que aumentos que depois não se possam manter e degenerem, de novo, em resgastes e troika”, considera, lembrando que a “corda pode de novo partir” e que não está "para viver, de novo, num país caloteiro que gasta mais do que pode".
"O PS deve bater o pé ao BE e PCP, não ir mais além, do razoável. De outro modo, vamos voltar ao mesmo. Não quero um bem-estar de iô-iô'", remata.
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