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“Tempo de espera hoje está pior do que no momento dramático da crise”

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, defendeu hoje que o tempo de espera para consultas e cirurgias piorou em comparação com o "momento dramático" da crise, em 2011, citando um relatório que, considera, dá razão aos centristas.

“Tempo de espera hoje está pior do que no momento dramático da crise”
Notícias ao Minuto

14:32 - 29/08/17 por Lusa

Política Assunção Cristas

"O tempo de espera hoje está pior do que aquele que existia num momento dramático da crise em Portugal, que foi o ano de 2011", afirmou Assunção Cristas aos jornalistas, considerando muito preocupante o "aumento dos tempos de espera para as consultas e para as cirurgias".

Em causa está o Relatório Anual de Acesso aos Cuidados de Saúde nos Estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde e Entidades Convencionadas relativo a 2016, que, de acordo com a líder centrista, vai ao encontro do que "há muitos meses, em várias idas do senhor ministro ao parlamento", o CDS tem sinalizado.

"O senhor ministro costuma responder que está a fazer mais cirurgias no Serviço Nacional de Saúde e que esse é um objetivo. Só que não pode ser a qualquer custo, é preciso que sejam feitas em contexto de qualidade e com os investimentos necessários para garantir que podemos ter cirurgias feitas no Serviço Nacional de Saúde, mas feitas em tempo próprio e não aumentando os tempos de esperas para os doentes", argumentou.

Assunção Cristas visitou hoje o centro paroquial de Carnide, enquanto candidata à presidência da Câmara de Lisboa, acompanhada pela cabeça-de-lista do CDS àquela junta de freguesia, Diana Vale, e de vários dirigentes da Juventude Popular, nomeadamente o seu presidente, Francisco Rodrigues dos Santos.

Após a visita ao centro paroquial, com valências para a infância e terceira idade, a candidata da coligação "Pela Nossa Lisboa" (CDS-PP/MPT/PPM) reiterou as suas propostas de criação de uma "rede de cuidadores" na capital para os idosos e pessoas com mobilidade reduzida, e de contratualização com os setores social e privado para garantir a universalização de vagas no pré-escolar.

Insistindo nos dados revelados pelo relatório em cuidados de saúde, Assunção Cristas salientou que, "em muitos casos" as cirurgias referem-se a "doenças graves em que, obviamente, um mês faz diferença".

A presidente centrista anunciou que o CDS vai enviar hoje uma nova pergunta ao Ministério da Saúde para saber em que especialidades e hospitais se verificam o aumento do tempo de espera.

O responsável da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) Ricardo Mestre disse à Lusa que o tempo de espera para cirurgia em doentes prioritários melhorou em 2016, um ano que teve a maior atividade cirúrgica de sempre.

Os esclarecimentos da ACSS surgiram depois de o Jornal de Notícias ter divulgado que o tempo médio de espera para cirurgia aumentou no ano passado, fixando-se em 3,3 meses, "o pior desde 2011".

Segundo Ricardo Mestre, os tempos de resposta em 2016 mantiveram-se "à volta dos 3 meses, como acontecia habitualmente", e sublinha que "os tempos de resposta para os mais prioritários melhoraram".

Relativamente às consultas, o relatório sobre o acesso a cuidados de saúde referente ao ano passado, a que a agência Lusa teve acesso, revela que foram realizadas, em 2016, cerca de 31 milhões de consultas médicas nas unidades de cuidados de saúde primários, o que representou um crescimento de dois por cento em relação ao ano anterior.

O número de consultas nos centros de saúde e nos hospitais aumentou ligeiramente em 2016, mas mais de uma em cada quatro (28%) continua a ser realizada fora dos tempos máximos de resposta garantidos.

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