Dirigentes da Saúde colocam lugares à disposição devido a viagens pagas
Informação foi revelada pelo Ministério da Saúde.
© Global Imagens
Política Polémica
O presidente e o vogal do Conselho de Administração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde colocaram, esta segunda-feira, os seus lugares à disposição na sequência da polémica causada por uma notícia avançada no último sábado pelo jornal Expresso.
Recorde-se que o semanário noticiava que, entre 2 e 6 de junho de 2015, cinco dirigentes do Ministério da Saúde haviam viajado para a China, tendo todas as despesas asseguradas por empresas privadas.
Nesta senda, assim que teve conhecimento do sucedido, o ministro da Saúde ordenou à Inspeção-Geral das Atividades em Saúde que investigasse o caso, tendo-se, inclusive, realizado hoje “diversas reuniões” com os dirigentes em causa.
Numa nota de esclarecimento enviada às redações, o Ministério da Saúde defende que os factos “ocorridos em junho de 2015 enquadram aspetos que carecem de clarificação ao nível do seu contexto ético, jurídico e institucional”.
"Durante o dia de hoje ocorreram diversas reuniões com os referidos dirigentes, na sequência das quais foram colocados à disposição os respetivos lugares, em particular pelos senhores presidente e vogal do Conselho de Administração da SPMS"
Em jeito de conclusão, o ministro da Saúde relembra que o “exercício de funções públicas exige obrigações especiais de transparência, rigor comportamental e observância dos princípios éticos”, razão pela qual considera “positiva” a atitude dos envolvidos em colocar os respetivos lugares à disposição.
No entanto, nenhuma “decisão definitiva” será tomada enquanto não for conhecido o relatório do IGAS sobre o assunto.
Toda esta polémica ficou conhecida como o caso Huawei, uma vez que as viagens - bilhetes de avião, estadia e alimentação - foram pagas pela NOS, parceira da multinacional chinesa. O facto de os responsáveis em causa terem visitado a sede da Huawei em Shenzhen é outro facto que liga a empresa asiática à polémica nacional.
O tema foi mesmo alvo de comentário, domingo à noite, por Luís Marques Mendes que, na antena da SIC, afirmou que "não há almoços grátis", sublinhando que "uma empresa não investe por simpatia".
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