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Foi "preciso uma tragédia" para PSD e CDS acordarem para floresta

O secretário-geral socialista acusou hoje os líderes do PSD e do CDS-PP de nada terem feito pela floresta quando estiveram no Governo, lamentando ter sido preciso "chegar a tragédia" para acordarem e entrarem no debate.

Foi "preciso uma tragédia" para PSD e CDS acordarem para floresta
Notícias ao Minuto

22:51 - 26/08/17 por Lusa

Política Costa

"Foi preciso chegar a tragédia para que os outros acordassem e viessem ao debate, não com propostas, mas simplesmente criticando e votando contra grande parte do pacote florestal", afirmou António Costa, em Faro, na 'rentrée' política do PS.

Recordando que o Governo por si liderado colocou em discussão pública, a 27 de outubro de 2016, doze diplomas que são "a maior reforma florestal dos últimos séculos" -- que foram depois aprovados em Conselho de Ministros em março e deram entrada no parlamento em abril -, o secretário-geral do PS e primeiro-ministro sublinhou que o executivo "não acordou" para a floresta a 17 de junho, quando deflagrou o fogo em Pedrógão Grande, Leiria.

"Temos autoridade moral para o dizer, nós não acordámos para a floresta no passado dia 17 de junho, nós acordámos para a floresta desde o início da nossa governação e sabemos bem quais são as prioridades de cada momento", disse.

Num ataque direto à líder do CDS-PP e ao líder do PSD, António Costa recordou os tempos em que Assunção Cristas e Pedro Passos Coelho tiveram responsabilidades governativas, interrogando se vão estar presentes na reforma que é preciso fazer na próxima década para que a floresta "deixe de ser uma ameaça" à segurança das pessoas e passe a ser "uma fonte de riqueza para todo o país".

"Quero saber se aquela senhora que foi quatro anos ministra da Agricultura e nada fez pela floresta e que hoje todos os dias fala, vai estar presente ou não vai estar presente. Quero saber se o anterior primeiro-ministro, que todos os dias critica os bombeiros, vai, alguma vez, fazer alguma coisa pela floresta, porque nada fez durante os quatro anos em que foi primeiro-ministro", criticou, referindo-se a Assunção Cristas e Passos Coelho.

"Como dizia o Presidente da Republica ainda ontem [sexta-feira], é tempo de pararmos com tricas políticas em torno daquilo que é sério e que tem a ver com a segurança dos portugueses", continuou.

Num apelo à mobilização, António Costa recordou que o cadastro florestal está "há séculos parado", prometendo levar essa reforma "avante", "não obstante a direita se ter oposto e ter votado contra aos diplomas do cadastro".

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