As "dificuldades bem-vindas" do sucesso e o "imobilismo" do Governo
João Galamba, pelo PS, e Carlos Abreu Amorim, pelo PSD, protagonizaram momento de debate na antena da RTP 3.
© Montagem com fotografias Global Imagens
Política Debate
Os números mais recentes da economia, que apontam para um crescimento de 2,8% no segundo trimestre deste ano, foram o tema em debate na antena da RTP 3.
Com João Galamba e Carlos Abreu Amorim em estúdio, os deputados concordaram no facto de os números serem positivos. Mas discordaram sobre que dificuldades se podem adivinhar, nomeadamente no que à negociação à Esquerda do Executivo diz respeito.
“Quando olhamos para o comportamento da economia no primeiro semestre ele continua a ser francamente positivo e a taxa de crescimento de 2,8% é um indicador muito importante e que dá confiança acrescida para o futuro”, afirmou João Galamba.
“Este trimestre”, apesar de tudo, “foi pior do que se esperava. Esperava-se um crescimento acima dos 3% mas ficou nos 2,8%”, que é “um valor muito positivo”, que “é quase o dobro do que está previsto no Orçamento”, realçou ainda o deputado do PS.
Sobre os resultados económicos positivos, Carlos Abreu Amorim evidenciou que o PSD também os acha positivo. O momento, porém, seria de oportunidade para levar a cabo outras mudanças.
“Os ventos estão a favor, a conjuntura é muito boa, são resultados bons” a nível económico, considerou Carlos Abreu Amorim, que reiterou a posição do PSD de que o momento era positivo para levar a cabo “reformas”
A “reforma da Segurança Social, das leis laborais” foram referidas pelo deputado social-democrata como exemplos. Porém, “o Governo está um bocadinho preso de imobilismo”, afirmou o deputado social-democrata, fazendo referência a posições evidenciadas por Passos Coelho, que no último domingo discursou na Festa do Pontal, que marcou rentrée ‘laranja’
“Os resultados podem não ser tão bons para a frente porque dependemos muito da conjuntura internacional”, alertou de seguida o deputado do PSD, acusando “os parceiros da geringonça”, referindo-se ao PCP e ao Bloco, de aproveitarem “estes resultados, não para os consolidar (…) mas para fazer uma espécie de chantagem na negociação pré-orçamental”.
Amorim acrescentou ainda que a diferença de leitura sobre os resultados económicos positivos “não é entre o PSD e o PS” mas sim “entre o PS e os seus parceiros da maioria de Esquerda, e isso é que é um dado político importante”.
Já o socialista João Galamba desvalorizou eventuais diferenças considerando que “há uma diferença de leitura entre todos os partidos” e que por essa razão é que “os partidos não se fundem”.
Galamba acrescentou ainda que “as negociações do Orçamento são sempre difíceis” e que “se as dificuldades forem derivadas ao sucesso são sempre bem-vindas”, ao contrário do que sucederia caso as dificuldades e divergências surgissem na sequência de maus resultados económicos.
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