Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
23º
MIN 13º MÁX 24º

As "dificuldades bem-vindas" do sucesso e o "imobilismo" do Governo

João Galamba, pelo PS, e Carlos Abreu Amorim, pelo PSD, protagonizaram momento de debate na antena da RTP 3.

As "dificuldades bem-vindas" do sucesso e o "imobilismo" do Governo
Notícias ao Minuto

22:53 - 14/08/17 por Pedro Filipe Pina

Política Debate

Os números mais recentes da economia, que apontam para um crescimento de 2,8% no segundo trimestre deste ano, foram o tema em debate na antena da RTP 3.

Com João Galamba e Carlos Abreu Amorim em estúdio, os deputados concordaram no facto de os números serem positivos. Mas discordaram sobre que dificuldades se podem adivinhar, nomeadamente no que à negociação à Esquerda do Executivo diz respeito.

“Quando olhamos para o comportamento da economia no primeiro semestre ele continua a ser francamente positivo e a taxa de crescimento de 2,8% é um indicador muito importante e que dá confiança acrescida para o futuro”, afirmou João Galamba.

“Este trimestre”, apesar de tudo, “foi pior do que se esperava. Esperava-se um crescimento acima dos 3% mas ficou nos 2,8%”, que é “um valor muito positivo”, que “é quase o dobro do que está previsto no Orçamento”, realçou ainda o deputado do PS.

Sobre os resultados económicos positivos, Carlos Abreu Amorim evidenciou que o PSD também os acha positivo. O momento, porém, seria de oportunidade para levar a cabo outras mudanças.

“Os ventos estão a favor, a conjuntura é muito boa, são resultados bons” a nível económico, considerou Carlos Abreu Amorim, que reiterou a posição do PSD de que o momento era positivo para levar a cabo “reformas”

A “reforma da Segurança Social, das leis laborais” foram referidas pelo deputado social-democrata como exemplos. Porém, “o Governo está um bocadinho preso de imobilismo”, afirmou o deputado social-democrata, fazendo referência a posições evidenciadas por Passos Coelho, que no último domingo discursou na Festa do Pontal, que marcou rentrée ‘laranja’

“Os resultados podem não ser tão bons para a frente porque dependemos muito da conjuntura internacional”, alertou de seguida o deputado do PSD, acusando “os parceiros da geringonça”, referindo-se ao PCP e ao Bloco, de aproveitarem “estes resultados, não para os consolidar (…) mas para fazer uma espécie de chantagem na negociação pré-orçamental”.

Amorim acrescentou ainda que a diferença de leitura sobre os resultados económicos positivos “não é entre o PSD e o PS” mas sim “entre o PS e os seus parceiros da maioria de Esquerda, e isso é que é um dado político importante”.

Já o socialista João Galamba desvalorizou eventuais diferenças considerando que “há uma diferença de leitura entre todos os partidos” e que por essa razão é que “os partidos não se fundem”.

Galamba acrescentou ainda que “as negociações do Orçamento são sempre difíceis” e que “se as dificuldades forem derivadas ao sucesso são sempre bem-vindas”, ao contrário do que sucederia caso as dificuldades e divergências surgissem na sequência de maus resultados económicos.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório