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PSD exige relatório dos serviços prisionais e audição da ministra

O PSD anunciou hoje que vai exigir "com a máxima urgência" a entrega do relatório do Serviço de Auditoria e Inspeção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e a audição da ministra da Justiça no parlamento.

PSD exige relatório dos serviços prisionais e audição da ministra
Notícias ao Minuto

18:18 - 05/08/17 por Lusa

Política Justiça

O relatório, que faz a avaliação dos procedimentos de controlo na entrada das prisões, ao qual o Expresso teve acesso e noticiou hoje, aponta para "falha grave de segurança" no acesso às prisões.

"O PSD vai, em primeiro lugar, exigir com a máxima urgência a entrega desse relatório ao grupo parlamentar do PSD", afirmou à agência Lusa o vice-presidente da bancada parlamentar social-democrata Carlos Abreu Amorim, adiantando que depois o partido pretende também ouvir a ministra da Justiça. "Nós sabemos e temos tido conhecimento de falhas muitos graves nas prisões portuguesas, inclusivamente com fotografias e filmes sobre festas feitas com reclusos, discutimos isso no parlamento, tivemos conhecimento das fugas na prisão de Caxias que revelaram também falhas muito graves na segurança", continuou o deputado.

Carlos Abreu Amorim recordou que o PSD inquiriu na altura a ministra da Justiça que "garantiu que estava "tudo a ser corrigido e que tinham sido apenas falhas pontuais".

Além disso, o PSD quis "ouvir o diretor-geral das prisões portuguesas e a maioria impediu Celso Manata de prestar esclarecimentos", salientou.

Face a este relatório, os sociais-democratas querem "ouvir a senhora ministra da Justiça para ser inquirida e dar esclarecimentos acerca do conteúdo do relatório e sobre o estado de insegurança geral das prisões", disse.

"Ulteriormente à audição da senhora ministra da Justiça não podemos prescindir uma vez mais de ouvir o senhor diretor-geral dos serviços prisionais, Celso Manata, que na notícia que hoje conhecemos através do Expresso se mostra muito espantado por falhas de segurança, dizendo que nunca tinha ouvido falar em tal. Ora, esta versão dos acontecimentos é para nos verdadeiramente inaceitável", disse, apontando que o responsável em causa está na direção dos serviços prisionais há muito tempo.

"E há aqui um padrão que, para desgraça dos portugueses, tem acontecido nas pastas de soberania", afirmou, apontando a Administração Interna, a Justiça e a Defesa, numa alusão à fuga da prisão de Caxias, a situação atual dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) ou ao roubo de Tancos.

É "um padrão de desacerto em matérias de soberania e de colocar a segurança interna do país num terceiro plano que para nós é inaceitável", afirmou.

"Este Governo tem um incómodo evidente a lidar com questões de soberania, este governo trata a segurança interna como filhas de um deus menor de um Governo que tem apenas preocupações de marketing político e comunicacional", concluiu.

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