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"Atentado à democracia é a manipulação sobre o que se passa na Venezuela"

Agostinho Lopes e Álvaro Almeida debruçaram-se esta sexta-feira, no programa 'Esquerda Direita' da SIC Notícias, sobre as eleições na Venezuela.

"Atentado à democracia é a manipulação sobre o que se passa na Venezuela"
Notícias ao Minuto

22:44 - 04/08/17 por Anabela de Sousa Dantas

Política Debate

Agostinho Lopes, do PCP, foi perentório na sua resposta à questão sobre se ocorre um ataque à democracia na Venezuela: “Começava por dizer que aquilo que julgo que é um ataque à democracia, aqui no nosso país, é a enormíssima, monstruosa campanha mediática de mistificação e manipulação sobre aquilo que se passa na Venezuela”, atirou, ao início do debate na SIC Notícias.

O deputado comunista esclareceu que não é só por parte da “comunicação social portuguesa” e que parte também de “outra comunicação social na Europa”, exemplificando com casos supostamente semelhantes, como a cobertura da Síria e de Mossul ou mesmo das eleições britânicas.

Questionado pela jornalista sobre as acusações de fraude na contagem de votos por parte da empresa que faz essa análise, Agostinho Lopes desvalorizou. “Deixe-me duvidar do que diz essa empresa. Não tenho razões nenhuma para acreditar naquilo, como não tenho razões nenhumas para acreditar naquilo que nos chega”, sublinhou, falando em “forças” que estão “em desenvolvimento” desde o golpe militar contra Hugo Chávez.

Álvaro Almeida, do PSD, discorda deste ponto de visto. “Há de facto um massacre na Venezuela, mas um massacre da democracia e um massacre dos direitos do povo venezuelano”, sustentou. “Esta pretensa eleição de uma Assembleia Constituinte é um atentado. Não só à própria Constituição da Venezuela, é um atentado à democracia”, acrescentou.

Na opinião do deputado social-democrata, “Maduro e o seu partido estão a impedir o Parlamento - que foi eleito em condições adversas, mas eleito - de trabalhar e a querer substituir esse Parlamento por uma Assembleia Constituinte que nem sequer é democraticamente eleita”.

Álvaro Almeida explicou que “um terço dos elementos” da Assembleia Constituinte “são indicados por corporações” e “outros dois terços são eleitos mas não de forma proporcional”. “É um sistema não proporcional que claramente foi construído para favorecer os resultados de Maduro”, afirmou.

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