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Assis e "a vertigem autoritária em que descambou o regime de Maduro"

Socialista Francisco Assis pede que a União Europeia e todos os seus Estados-membros não reconheçam os resultados da Assembleia Constituinte da Venezuela.

Assis e "a vertigem autoritária em que descambou o regime de Maduro"
Notícias ao Minuto

16:50 - 03/08/17 por Inês André de Figueiredo

Política Francisco Assis

Francisco Assis, eurodeputado socialista, reagiu à eleição de uma Assembleia Constituinte na Venezuela, mostrando-se contra. “É o corolário da vertigem autoritária em que descambou o regime liderado por Nicolás Maduro e merece o meu mais veemente repúdio”, enfatiza em comunicado enviado ao Notícias ao Minuto.

A presente Assembleia “tem como única finalidade reescrever a Constituição à medida dos interesses do oficialismo e neutralizar de vez a Assembleia Nacional, controlada pela oposição em resultado da escolha de uma robusta maioria de venezuelanos nas eleições legislativas de Dezembro de 2015”.

Trata-se, portanto, de uma “perversão da ordem constitucional e dos valores democráticos”, que “decorre de um ato eleitoral com regras desenhadas para favorecer o regime”.

“Esta Assembleia Constituinte configura uma radicalização do regime e tem como consequência o seu quase completo isolamento na cena internacional e no espaço da própria América Latina. Esta opção do governo, que se deve em parte ao seu desespero e à sua notória incompetência para resolver uma crise humanitária pela qual é o principal responsável e que afeta hoje milhões de venezuelanos, veio agudizar a polarização da sociedade venezuelana porventura até um ponto de não retorno”, frisa o presidente da Delegação para as Relações com os Países do Mercosul.

Mais, Francisco Assis acredita que esta Assembleia Constituinte é a “prova acabada de que o regime de Nicolás Maduro nunca esteve verdadeiramente interessado no diálogo e na reconciliação”. “A radicalização do regime ficou de resto bem patente na intenção verbalizada pelo próprio presidente de utilizar a Assembleia Constituinte para “ajustar contas” com os opositores, inclusive os internos”, esclareceu.

O socialista realça ainda “a detenção dos líderes oposicionistas Leopoldo López e Antonio Ledezma, que se encontravam em prisão domiciliária”, referindo que “o regime venezuelano não tolera nem a oposição, que manda prender, nem a dissidência no seu seio”.

Deste modo, Francisco Assis lança um apelo à União Europeia: “Torna-se imperioso que a UE e todos os seus Estados-membros não reconheçam os resultados da Assembleia Constituinte e que condenem sem quaisquer reservas a perversão da ordem democrática e o desrespeito pela vontade da maioria do povo venezuelano que aquela configura. É obrigatório que União Europeia, em particular a sua Alta Representante para os Assuntos Externos, exija, uma vez mais, a libertação de todos os presos políticos venezuelanos, entre os quais se encontram cidadãos com dupla nacionalidade venezuelana e portuguesa”.

Nesta senda, o socialista refere ainda que nestes “acontecimentos de enorme gravidade é urgente que as instâncias europeias revejam as suas posições e que se decidam pela aplicação de sanções seletivamente direcionadas contra os principais responsáveis do regime venezuelano”.

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