Galamba, Pacheco e SNS. De "cumprir programa" a "não há milagres"
Socialista e social-democrata debateram-se sobre o ultimato feito pelos médicos.
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Política Debate
João Galamba e Duarte Pacheco debateram o ultimato feito pelos médicos, na antena da SIC Notícias, e defenderam pontos de vista opostos, trocando acusações sobre a governação anterior e atual.
“O Governo tem estado em diálogo permanente com os médicos”, referiu o deputado socialista, defendendo que tem havido um investimento no SNS, que inverte “a trajetória anterior”.
Nestes moldes, o membro do Partido Socialista indicou que “as reivindicações não mostram uma discordância dos médicos para com a política do Governo, mas uma exigência de que o Governo vá mais fundo do que aquilo que tem ido”.
Esta é uma tendência que, aliás, no ponto de vista de Galamba se estende a outras carreiras públicas. “Há várias reivindicações de várias carreiras da Administração Pública que querem que o Governo vá mais rápido, ou seja, não se trata de criticar a política do Governo ou pedir para inverter a política, é para o Governo, com a política que está a implementar, ir mais rápido”, frisou.
Duarte Pacheco respondeu com as expectativas defraudadas dos profissionais. “Estamos a falar de as pessoas se sentirem enganadas. Eu compreendo que não pode ser feito tudo de uma vez, mas o Governo durante uma grande fase do seu mandato aumentou imenso as expectativas, prometendo tudo a toda a gente e atingindo popularidade fácil e comprando silêncios”, acusou o social-democrata.
“Dissemos desde o início que não há milagres, não há magia, não se pode dar tudo a toda a gente”, atirou.
A reação de Galamba foi perentória: “O Duarte vem aqui apresentar-se como representante de um partido que não ia fazer nada disso e dizer ‘que agradável os médicos a queixarem-se ao Governo’. Ninguém prometeu tudo a todos, há um programa de Governo que está a ser cumprido, ao contrário do que o Duarte disse”.
“Os médicos tiveram reposição dos salários que não aconteceria com o PSD”, frisou, sendo interrompido por Duarte Pacheco: “mentira”.
“O nosso caminho era de verdade, o que criticamos era um discurso de sorriso, de dizer que a austeridade acabou, quando sabemos que não acabou e, por isso mesmo, as coisas têm de ser feitas de forma gradual”, explicou o social-democrata.
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