Parceiro de Portas apanhado nas malhas da corrupção
O ex-adjunto do antigo secretário-geral do CDS-PP e actual administrador da CinePicture Portugal Studios SA, Luís Varela Marreiros, está entre os cinco detidos em Portimão por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento de capitais e participação económica em negócio. Mais recentemente, em Março deste ano, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, levou o antigo parceiro Marreiros na visita oficial que fez à Índia.
© LUSA
Política Portimão
Luís Varela Marreiros, agora detido por suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento de capitais e participação económica em negócio, foi adjunto do ex-secretário-geral do CDS-PP, João Rebelo, entre 1998 e 2000, altura em que o partido já era presidido por Paulo Portas.
Mas o actual ministro dos Negócios Estrangeiros não se terá esquecido de Marreiros, que em Março deste ano integrou a comitiva que acompanhou Portas na visita oficial que fez à India.
Nesta deslocação, o ex-candidato centrista à Câmara do Cadaval (1997) e actual presidente da Assembleia de Freguesia da Lapa, em Lisboa, em representação do CDS, desenvolveu contactos com empresas indianas ligadas à indústria cinematográfica, procurando encontrar parceiros para o projecto de Portimão.
O ministro Paulo Portas esteve presente na assinatura de acordo, que ainda não saiu do papel e que deveria custar três mil milhões de euros, entre o seu companheiro de partido e um responsável da Real Image, uma grande empresa indiana que vende material de projecção para cinemas. No site Picture Portugal é disponibilizada uma foto na qual estão o governante, o empresário indiano Raja Enok, e Luís Varela Marreiros.
Saliente-se que este antigo parceiro de Portas foi detido, juntamente com o vice-presidente da Câmara de Portimão, Luís Carito, o vereador da mesma autarquia, Jorge Campos, o administrador da Portimão Urbis, Lélio Branca, e o empresário da Picture Portugal, Artur Curado, no âmbito de um processo que envolve suspeitas de corrupção, administração danosa, branqueamento de capitais e participação económica em negócio, informa a Procuradoria-Geral da República.
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