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"Primeiro-ministro não cometerá uma injustiça só para acalmar os deuses"

Demitir a ministra da Administração Interna? “O primeiro-ministro não cometerá uma injustiça só para acalmar os deuses”, responde Pedro Nuno Santos, assumindo que "não havia justificação para a lista [de mortos de Pedrógão] estar em segredo de justiça".

"Primeiro-ministro não cometerá uma injustiça só para acalmar os deuses"
Notícias ao Minuto

23:57 - 26/07/17 por Goreti Pera

Política Pedro Nuno Santos

O secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares garantiu, em entrevista à SIC Notícias, que o “Governo cumpriu a sua parte com seriedade” no que à lista de vítimas mortais de Pedrógão Grande diz respeito.

Questionado sobre o facto de a lista de 64 mortos ter estado em segredo de justiça, Pedro Nuno Santos admitiu não concordar com a decisão inicial da Procuradoria-Geral da República, mas ressalvou não ter poder de decisão sobre essa matéria.

“Acho que não havia justificação para a lista estar em segredo de justiça”, assumiu o governante, não sem ressalvar que a lista só ficou em segredo de justiça a 14 de julho e que, até essa data, nunca ninguém havia pedido a sua divulgação.

Apesar de admitir que o Executivo “podia requerer o levantamento do segredo de justiça, assim como qualquer cidadão podia fazer”, o governante afirmou que o requerimento não foi feito, uma vez que o próprio Ministério Público acabou por tomar essa decisão.

Uma vez conhecidos os nomes das 64 vítimas mortais diretas do incêndio de 17 de junho, Pedro Nuno Santos aponta o dedo ao principal partido da oposição e frisa que “o PSD deve um pedido de desculpas aos portugueses e às famílias das vítimas” por ter feito um “aproveitamento oportunista, imoral e inaceitável” da tragédia.

“Um líder deu 24 horas ao Governo para cometer um crime [divulgar uma matéria em segredo de justiça]. É assustador”, atirou, antes de frisar que as duas mortes que poderão ter decorrido indiretamente do fogo estão a ser investigadas.

Já em relação à tomada de responsabilidades políticas, entende o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares que assumir responsabilidades é “muito mais do que uma demissão”, é “resolver o problema”.

“O primeiro-ministro não cometerá uma injustiça só para acalmar os deuses”, rematou, referindo-se à possibilidade de ser António Costa a tomar a decisão de exonerar algum governante, nomeadamente a ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

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