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Esconder lista? "Está tudo doido". A política "alimenta-se do fogo"

Santana Lopes e António Vitorino condenam polémica em torno do número de vítimas diretas ou indiretas do incêndio em Pedrógão Grande.

Esconder lista? "Está tudo doido". A política "alimenta-se do fogo"
Notícias ao Minuto

23:19 - 25/07/17 por Carolina Rico

Política Debate

Pedro Santana Lopes e António Vitorino aplaudem a decisão da Procuradoria-Geral da República de divulgar a lista com os nomes de todas pessoas que morreram no incêndio de Pedrógão Grande.

Em debate na SIC Notícias, Pedro Santana Lopes e António Vitorino estão de acordo: a divulgação da lista é uma “decisão razoável”, nas palavras do social-democrata, uma questão de “bom-senso” para o socialista.

Santana Lopes diz-se mesmo “chocado” com a polémica levantada pelo número de vítimas.

“Detestei ver isto tratado na praça pública”, disse, defendendo que a questão devia ter sido tratada internamente, “entre líderes partidários, por uma questão de sentido de Estado”.

“Não vejo como é que uma lista das pessoas que morreram pode prejudicar a investigação (…) Quando o meu país ou qualquer Governo andar esconder o número mortos de uma tragédia está tudo doido. Não consigo sequer pensar nisso”, condenou o social-democrata.

Para Santana Lopes, as vítimas que o Governo considera ‘indiretas’, deviam ser incluídas na lista de mortes. “Se há uma pessoa que morreu atropelada por causa disso junta-se à lista, se morreu uma semana depois junta-se à lista”, defendeu.

Também para António Vitorino esta era “uma polémica era indigna” que estava a “criar um abcesso” social e político. “Parece que a política precisa de se alimentar do fogo”, lamentou.

“Não sei qual é o interesse público de saber os nomes, mas importa conhecer o número”, defendeu o socialista.

No seguimento da controvérsia em torno do número de vítimas diretas ou indiretas do fogo que lavrou em junho, o PSD chegou a exigir ao Governo que publicasse a lista num prazo de 24h mas António Costa recusou fazê-lo alegando segredo de justiça.

Esta noite a PGR divulgou a lista das vítimas, que reafirma serem 64, excluindo as mortes cujas circunstâncias estão ainda sob investigação.

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