PSD questiona Ministério das Finanças e CGD sobre aumento de comissões
O PSD questionou hoje o ministro das Finanças e o presidente da Caixa Geral de Depósitos sobre a subida das comissões cobradas pelo banco, considerando que parecem ser o preço a pagar pela escolha do modelo de recapitalização.
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Política Banca
Numa pergunta assinada pelos deputados António Leitão Amaro e Duarte Pacheco, o PSD refere que "recentemente têm vindo a público notícias que referem que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) se prepara para voltar a aumentar o respetivo preçário, com efeitos a 01 de setembro", não sendo "os primeiros aumentos de preços ou comissões anunciados desde a preparação da recapitalização da CGD pelo atual Governo".
"Estes aumentos parecem ser o preço a pagar pela escolha do modelo e condições de recapitalização da CGD decididos pelo atual Governo em 2016", considera o PSD no texto que hoje deu entrada no parlamento e que é dirigido ao ministro das Finanças, Mário Centeno, e ao presidente da Caixa Geral de Depósitos, Paulo Macedo.
O PSD cita Paulo Macedo, que "reconheceu ao afirmar, aquando da apresentação dos resultados do 1.º trimestre, que o banco teria de aumentar as comissões praticadas para cumprir o acordado com a Comissão Europeia".
"Este aumento dos preçários da CGD parece ser, pois, mais um custo que surge por opções onerosas que o Governo andou a esconder - agora o preço por essas opções recai sobre os clientes da CGD, incluindo trabalhadores e pensionistas", acusam os sociais-democratas.
O PSD quer, assim, ter acesso à lista de todas as comissões e preços cobrados pela CGD a 31 de dezembro de 2015 e a 30 de junho de 2017, bem como os preços que traduzem os eventuais aumentos previstos até final de 2017.
Os deputados sociais-democratas pedem igualmente a "indicação de todas as medidas de aumento de receita, com discriminação dos respetivos montantes, previstas no plano de reestruturação da CGD aprovado no âmbito da recapitalização da CGD realizada em 2017".
"Qual o compromisso de retorno do montante injetado pelo acionista Estado na recapitalização da CGD de 2017 que o Governo Português assumiu junto da Comissão Europeia", questionam ainda.
O PSD recorda também a opção do Governo por uma elevada recapitalização, "acima das necessidades de capital do banco, com uma emissão de dívida perpétua a privados a pagar juros de 10,75%, com outras obrigações de reestruturação do banco e com compromissos de aumentos significativos da rentabilidade para o acionista".
Os clientes da CGD, que até agora estavam isentos de comissões, vão passar a pagar 4,95 euros por mês ou a escolher a Conta Caixa com custos mais baixas, de acordo com a nova tabela de Comissões e Despesas da Caixa, divulgada hoje pelo jornal Público.
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