Edite Estrela considera que a promoção da igualdade de género é "uma luta diária, que consome energias e tempo" e que "a promoção da igualdade de género é um processo de avanços e recuos".
Num artigo de opinião publicado na edição desta segunda-feira da Ação Socialista, Edite Estrela aborda a lei recentemente aprovada que permite algum equilíbrio de género nos conselhos de administração das empresas públicas e cotadas em bolsa. Afirma que foi uma vitória "tirada a ferros", tendo sido preciso "calcorrear muitos corredores, vencer muitos obstáculos, realizar muitas reuniões, negociar fórmulas, prazos e percentagens, contar votos, sofrer até ao fim".
Edite Estrela afirma que a "luta por uma sociedade paritária é dura, tem muitos e poderosos adversários, incluindo mulheres". Adversários, que segundo Edite Estrela, "recorrem a argumentos distorcidos, fragmentados, ilógicos, mas que conseguem apanhar os mais desatentos nas malhas da demagogia".
A socialista refere que a o sistema de quotas é necessário, pois está "provado que sem a quota as mulheres terão de esperar várias gerações para terem as mesmas oportunidades dos homens". Pois apesar das qualificações que têm, continuam a esbarrar no "tal 'telhado de vidro' que as não deixa progredir".