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"Costa é um homem que quando é preciso não dá a cara"

Paulo Rangel descreve a governação de António Costa como um “costismo herdeiro do socratismo”, não deixando de fora das críticas o PCP e o Bloco de Esquerda.

"Costa é um homem que quando é preciso não dá a cara"
Notícias ao Minuto

23:57 - 12/07/17 por Patrícia Martins Carvalho

Política Paulo Rangel

O eurodeputado social-democrata Paulo Rangel foi o convidado desta quarta-feira da ‘Grande Entrevista’ da RTP3. Chamado a comentar a atualidade, o antigo líder parlamentar do PSD teceu várias críticas ao Governo e, em especial, à postura do primeiro-ministro.

No entender de Paulo Rangel “o que temos é um governo de gestão das conjeturas, dos acordos e não passa disso” o que, para o eurodeputado, tem um nome: “costismo”.

“O costismo é fazer entendimentos a curto prazo e gerir a imagem a todo o momento”, aponta, acusando o primeiro-ministro de não ter, nem “liderança”, nem um “desígnio para o país”, ideia defendida também hoje por Pedro Passos Coelho no debate do Estado da Nação, na Assembleia da República.

Referindo-se à ausência de António Costa durante a polémica do assalto a Tancos, Rangel diz ainda que o primeiro-ministro é “um homem que quando é preciso não dá a cara” o que, na sua opinião, é “grave”.

“Isto é o costismo: é gerir as expetativas, é ver se passa entre os pingos da chuva, é habilidade”, refere.

Debruçando-se sobre as declarações proferidas no debate do Estado da Nação, o eurodeputado descreve o “costismo” como “herdeiro do socratismo”. “É maniqueísta, todos os que pensam de maneira diferente são maus, só eles são bons”.

Mas as críticas não são dirigidas apenas ao primeiro-ministro. Também o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português são visados nas suas declarações.

“O ataque feito aos serviços públicos, em particular na área da segurança, não tem paralelo e é da responsabilidade do PS, do Bloco e do PCP”, ataca, lembrando que a proposta eleitoral do PSD e do CDS era a de devolver os rendimentos “de forma gradual”, o que não aconteceu. Se tal tivesse sucedido, defende, não teria havido um desinvestimento na segurança.

“Estes fracassos sucessivos na área da Defesa e da Administração Interna resultam de um investimento desnecessário nessas áreas. E porquê? Porque houve um número recorde de cativações – que na prática são quase mil milhões de euros de cortes. Se não tivéssemos subido os rendimentos de uma só vez teríamos conseguido manter os serviços públicos com níveis, ainda que mínimos, mas que nunca levaram a estas ruturas. E com o crescimento que entretanto haveria seria possível acomodar estas subidas de rendimentos. Seria gradual, não seria preciso ir ao ‘osso’”, explica.

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