"Houve um primeiro-ministro que não saiu da praia quando o BES faliu"

O antigo deputado do Bloco de Esquerda Luís Fazenda desvalorizou a ausência de Azeredo Lopes na reunião de hoje da segurança interna e relembrou o ano de 2015, quando caiu o BES e Passos Coelho estava na Manta Rota.

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Pedro Bastos Reis
05/07/2017 23:18 ‧ 05/07/2017 por Pedro Bastos Reis

Política

Luís Fazenda

Luís Fazenda criticou esta quarta-feira os “cortes sucessivos feitos por variadíssimos governos” em diversas áreas, nomeadamente na defesa, desvalorizando, contudo, a ausência de Azeredo Lopes na reunião de segurança interna.

Em declarações à RTP 3, o antigo deputado do Bloco de Esquerda disse que não atribui “especial significado” relativamente à ausência do ministro da Defesa, Azeredo Lopes, na reunião de segurança interna considerando que as críticas são um bocado como a “espuma do dia” e têm “pouca importância no conteúdo do problema sério que é a negligência de Estado”.

“A ausência do ministro da Defesa na reunião é uma ausência de rotina. O Governo estava representado por vários ministros, pelo secretário de Estado da Defesa e pelos responsáveis das forças de segurança. Portanto, o sistema de segurança interna procurou dizer qualquer coisa à opinião pública”, explicou.

Já no que diz respeito às cativações de 2016 e 2017, que estiveram hoje em debate no Parlamento, que contou com a presença do ministro das Finanças, Mário Centeno, Luís Fazenda denunciou a política de “Estado mínimo” em Portugal nos últimos anos.

“Ao longo dos anos foram feitos cortes sucessivos por variadíssimos governos, eventualmente também por este”, afirmou o antigo deputado. “Em nome das privatizações, em nome da diminuição da despesa dos Orçamentos do Estado, em nome de uma suposta diminuição de impostos em geral. Essa foi a doutrina do Estado mínimo que imperou em Portugal”, denunciou.

Por fim, Luís Fazenda falou ainda sobre as férias do primeiro-ministro, António Costa, considerando que as críticas da oposição revelam uma “amnésia seletiva”, referindo-se à queda do Banco Espírito Santo (BES), em agosto de 2015, quando o então primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, estava de férias no Algarve.

Não vamos esquecer que houve um primeiro-ministro que não saiu da praia da Manta Rota quando o BES faliu e tudo aconteceu. Nem sequer deu a cara ao país. E não deu noutros momentos. Não vamos esquecer que no anterior Governo PSD/CDS houve cortes brutais na área da defesa e em outras áreas”, rematou.

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