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Incêndios: "Nenhuma pergunta" pode "ficar sem resposta"

A coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, disse hoje que já há várias "responsabilidades claras" em relação à "enorme tragédia" ocorrida nos incêndios no centro do país, mas defendeu que "nenhuma pergunta" pode "ficar sem resposta".

Incêndios: "Nenhuma pergunta" pode "ficar sem resposta"
Notícias ao Minuto

20:52 - 29/06/17 por Lusa

Política Catarina Martins

"Acho que não há nenhuma pergunta que possa ficar sem resposta, pelo respeito que nos merecem as populações que foram vítimas destes incêndios, pelo respeito e gratidão que nos merecem todos aqueles que combatem os fogos com tanto sacrifício e, naturalmente, para prevenir que estes erros e estas tragédias não voltam a acontecer", afirmou hoje a líder do Bloco de Esquerda (BE).

À margem de uma visita à Feira de S. João, em Évora, Catarina Martins considerou, em declarações aos jornalistas, que "há ainda muitas perguntas sem resposta" no que respeita aos incêndios em Pedrógão Grande (Leiria) e concelhos limítrofes, que provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos.

"E todas as pessoas, face à enorme tragédia, querem respostas a todas as perguntas e precisamos de ter essas respostas todas e tirar as consequências todas depois de apurar tudo o que aconteceu", declarou.

Catarina Martins sublinhou que "há algumas responsabilidades" que "já apareceram" e "já se sabe que o SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) falhou".

"Essa é uma responsabilidade clara", destacou, reclamando: "Que o SIRESP, que é uma concessionária privada, possa continuar a receber dinheiro público para falharem sempre as comunicações nos momentos em que elas são mais necessárias é algo que ninguém compreende no país e que deve ser corrigido desde já".

Segundo a dirigente do Bloco, "também já se sabe que a prevenção não foi feita", pelo que "este é o momento de o Estado intervir nos terrenos, mesmo nos privados, para fazer a prevenção e, depois, assacar as responsabilidades que devam ser assacadas".

O que não se pode "continuar" a fazer, sublinhou, é "a deixar a floresta abandonada como se nada fosse".

Todas essas são "responsabilidades que já são claras e têm de ser assacadas e é preciso agir sobre elas", disse a líder do Bloco, referindo que, "nos próximos dias", mercê de "relatórios que estão a ser apresentados, as coisas ficarão bastante mais claras".

"O maior erro seria nós querermos ser tão apressados que não esclarecíamos nada e deixávamos perguntas sem resposta. O outro erro seria adiar tanto as respostas que nunca" haveria "consequências", mas "há uma determinação no país" para que "não aconteça nem uma coisa, nem outra", frisou.

A coordenadora do BE afirmou ainda que "há alguns passos importantes" que "estão a ser dados", nomeadamente para apoio às populações afetadas.

"O Bloco tinha dito que era preciso um programa de emergência que garantisse às populações que as falhas da Proteção Civil não voltam a repetir-se neste Verão e o Governo garantiu já algumas alterações do ponto de vista das comunicações e do número de efetivos que vão estar nas áreas mais difíceis, de maior risco", indicou.

Defendendo que as populações vítimas dos incêndios têm direito a apoios de emergência, de indemnizações e a nível social e na área da reconstrução da capacidade produtiva e infraestruturas, Catarina Martins considerou "muito importante" que, ao mesmo tempo, seja feito "o levantamento exaustivo dos danos e das necessidades" das pessoas.

"O que esperamos é que, nos próximos dias, não haja ninguém que não tenha sido abordado pelas equipas no terreno para fazer o levantamento do que aconteceu e do que perdeu e, por outro lado, para assegurar todo o apoio de que necessita nesta fase tão difícil", alertou.

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