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SIRESP: "Este jogo do empurra é o pior que pode acontecer"

Pedro Santana Lopes e António Vitorino afirmam que a estratégia do "passar de culpas" não está a ajudar no esclarecimento do que se passou em Pedrógão Grande.

SIRESP: "Este jogo do empurra é o pior que pode acontecer"
Notícias ao Minuto

11:47 - 28/06/17 por Pedro Bastos Reis

Política Pedrógão Grande

No seu espaço de comentário habitual na SIC Notícias, Pedro Santana Lopes e António Vitorino debateram os relatórios do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) e as falhas que têm sido apontadas ao sistema de comunicações.

Os dois comentadores concordaram no facto de o “passar de culpas” entre as autoridades e as instituições não estar a ser benéfico para ninguém e realçaram a necessidade de um verdadeiro esclarecimento.

Fico muito preocupado. Parece que começou a estratégia do ‘passa a culpa’ entre autoridades e instituições. Isso é o pior que pode acontecer, porque só vai agravar o sentimento de intranquilidade, de insegurança e desproteção com que as pessoas reagem perante a tragédia. Cada um apresenta uma segurança que é favorável às suas cores”, afirmou António Vitorino.

"Haja alguém que ponha ordem na casa. A proliferação deste jogo, de cada um a querer saltar da fotografia e fazer de bom é um erro porque ou se salvam todos juntos ou caem todos juntos. Não haverá heróis e vilões”, sublinhou.

Pedro Santana Lopes concordou com o socialista e realçou que “ainda ninguém sabe” o que realmente se passou.

Vejo que há coisas que não batem certo. Este jogo do empurra é o pior que pode acontecer. Só devia haver um relatório quando todos estivessem sentados na mesma mesa”, reiterou o social-democrata.

Santana Lopes, que era primeiro-ministro quando foi assinado o contrato com o SIRESP, disse “não ter memória” desse momento, uma vez que o seu executivo esteve apenas quatro meses em funções.

“Já lá vão 13 anos. Lembro-me da polémica da assinatura do contrato, já com o governo em gestão, mas é curioso ver que, hoje em dia, é outra forma de aligeirar responsabilidades”, disse

O antigo primeiro-ministro questionou também por que motivo não foram ainda corrigidas as debilidades do sistema de comunicações, uma vez que estas já foram detetadas no passado.

Se ao longo destes anos foram detetadas falhas [no SIRESP], porque é que não foram corrigidas? É aí que têm de ser dadas satisfações. Não podemos arranjar um bode-expiatório”, questionou.

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