PSD de Oliveira de Azeméis "empenhado em vencer" apesar do Ajuste Secreto
O PSD/Oliveira de Azeméis, cujo líder concelhio e o seu principal candidato autárquico foram dois dos detidos no âmbito do processo "Ajuste Secreto", afirmou hoje que a estrutura está "unida" e "empenhada" em ganhar as autárquicas.
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Política Autárquicas
"Estamos mais unidos do que nunca e profundamente empenhados em vencer as próximas eleições autárquicas", defende, em comunicado, a concelhia do PSD, agora sob liderança do seu vice-presidente, José Campos.
A concelhia reage assim aos efeitos da investigação sobre alegadas práticas de corrupção no ajuste direto de obras em equipamentos desportivos locais. Dessa operação resultou a detenção para interrogatório de sete arguidos que agora aguardam julgamento em liberdade: o ex-autarca e vice-presidente da Federação de Portuguesa de Futebol Hermínio Loureiro, o atual presidente da Câmara Municipal e recandidato ao cargo Isidro Figueiredo, o presidente da concelhia local do PSD e secretário político na autarquia José Francisco Oliveira, o ex-presidente do conselho de administração da Assembleia da República João Sá e ainda três empresários da construção civil.
"Para nós, e até prova em contrário, estas pessoas estão inocentes", garante a concelhia. "O cabal esclarecimento deve ser feito pela Justiça, mas esta deve ser cega e não pode ser instrumentalizada partidária ou politicamente", acrescenta a concelhia, em comunicado.
O mesmo documento lamenta depois que, durante uma semana, se tenha assistido "a um desfiar de notícias que visaram assassinar o caráter de pessoas que muito têm feito em prol de Oliveira de Azeméis, sem que lhes tenha sido concedida qualquer possibilidade de defesa ou contraditório e não tendo em conta o princípio da presunção da inocência".
O PSD realça, por isso, que a libertação dos sete arguidos envolvidos no caso, decidida por uma juíza de instrução criminal, "é um sério revés na teoria que tem vindo a ser imposta de forma escandalosa por alguns meios de comunicação social" do país.
"Para nós, e até prova em contrário, estas pessoas estão inocentes", garante a concelhia. "O cabal esclarecimento deve ser feito pela Justiça, mas esta deve ser cega e não pode ser instrumentalizada partidária ou politicamente", acrescenta.
A concelhia social-democrata realça que as buscas da Polícia Judiciária na autarquia e nos clubes desportivos do concelho, a 19 de junho, se verificaram "apenas uma semana após a apresentação da candidatura [de Isidro Figueiredo] à Câmara de Oliveira de Azeméis e a apenas três meses do ato eleitoral"
Mas, apesar da má altura, a concelhia afirma: "Desengane-se que pensa que o PSD de Oliveira de Azeméis está morto. Aguardamos com serenidade o desenrolar do processo, certos de que as pessoas saberão interpretar as motivações e a oportunidade das denúncias [que conduziram à investigação em curso]".
A concelhia local do PS, por sua vez, também reagiu à libertação dos arguidos com uma nota em que afirmava lamentar o sucedido "porque os factos divulgados podem servir para denegrir a imagem de Oliveira de Azeméis, que sempre foi e é um concelho de gente honrada, séria, empreendedora e trabalhadora".
"Quanto à matéria da justiça, somos muito claros: devem ser os tribunais a averiguar e a decidir", rematava o comunicado socialista. "Mas independentemente do que vier a ser apurado, o PS é a melhor alternativa para gerir os destinos do concelho porque tem os melhores candidatos e defende ideias e projetos que garantem um município melhor", concluía.
O presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Isidro Figueiredo, detido no âmbito do processo "Ajuste Secreto", regressou na terça-feira ao exercício de funções e garantiu pretender levar o mandato até ao fim, embora ainda avalie se manterá a candidatura às autárquicas.
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