Políticos destacam inteligência e sentido de humor de Miguel Beleza
O economista Miguel Beleza, ministro das Finanças do XI Governo Constitucional liderado por Cavaco Silva (PSD), morreu esta sexta-feira em Lisboa aos 67 anos.
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Política Óbito
Marcelo Rebelo de Sousa enviou condolências à família do economista Miguel Beleza, lembrando um "amigo de há mais de 50 anos, e um dos "mais prestigiados economistas portugueses", dotado de uma "inteligência fulgurante".
O Presidente da República, considerou que "Portugal perdeu uma voz livre e independente, um académico notável e uma personalidade excecional, que em todos nós deixará uma indelével recordação".
"A sua morte prematura deixa mágoa e tristeza nos que tiveram o privilégio de o conhecer e de com ele privar de perto, admirando a sua sagacidade, o seu sentido de humor e o seu apreço pelo convívio com os outros".
Pedro Passos Coelho recordou a "figura notabilíssima tanto na Academia, como no exercício de funções públicas"
O líder do PSD lembrou que Miguel Beleza ensinou várias gerações de alunos e considerou que "a sua inteligência sobressaía com naturalidade e impressionava qualquer interlocutor".
"Serviu o país de forma exemplar, primeiro enquanto ministro das Finanças, no XI Governo Constitucional, liderado pelo então primeiro-Ministro Aníbal Cavaco Silva; e depois como Governador do Banco de Portugal", cargos desempenhados "num período decisivo" da história democrática portuguesa, o de preparação da entrada no Sistema Monetário Europeu até à adesão e integração na União Económica e Monetária.
Aníbal Cavaco Silva lembrou Miguel Beleza como "um dos mais brilhantes economistas formados pelo Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras".
"Como economista, tinha grande respeito pelo saber de Miguel Beleza. Como pessoa, tinha por ele uma sincera amizade. Custa-me acreditar que tenha partido tão cedo", lê-se numa declaração escrita do antigo chefe de Estado.
O antigo ministro da Segurança Social Silva Peneda lembrou o "amigo" Miguel Beleza, enaltecendo o "homem inteligente" e a estima mútua que tinham um pelo outro, apesar de algumas divergências quando foram ministros do mesmo Governo.
"Foi para mim uma grande surpresa a desagradável notícia da morte do amigo Miguel Beleza. Fomos colegas de Governo, presidido pelo professor Cavaco Silva. Ele foi ministro durante dois anos, ele saiu depois, eu continuei, e durante esses dois anos tivemos momentos de maior tensão e de menor tensão", afirmou.
O político justificou que "ser ministro das Finanças não é fácil", como também não o é ser ministro do Trabalho e da Segurança Social.
O ex-ministro das Finanças Luís Campos e Cunha recordou Miguel beleza como "um bom amigo" e "uma das pessoas mais inteligentes" que conheceu, recordando seu o "sentido de humor fantástico".
Ferro Rodrigues lamenta a morte do antigo ministro das Finanças, de quem foi colega no Instituto Superior de Ciências Económicas E Financeiras (ISCEF) no final da década de 1960.
"Divergimos quando Miguel Beleza era Ministro das Finanças [no XI Governo Constitucional, no inicio da década de 1990] e eu porta-voz do PS para as questões económicas e financeiras, sem nunca deixarmos de ser amigos", recordou, garantindo que "nunca" irá esquecer "as palavras e atitudes que Miguel Beleza teve". "E teve-as sempre", referiu.
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