Carlos César faz defesa cerrada de IPSS e critica "complexos de esquerda"
O líder parlamentar do PS fez hoje a defesa cerrada do papel das Instituições Privadas de Solidariedade Social (IPSS) e criticou "complexos de esquerda", que disse existirem também no seu partido e até entre membros do Governo.
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Política PS
"Estamos aqui também para dizer ao Governo que deve confiar no sistema social de solidariedade desenvolvido pelas IPSS, pelas misericórdias, pelos centros paroquiais e sociais, numa lógica de contratação que deve ser reforçada, tendo sempre presente que não é ao Estado que incumbe qualquer exclusivo ou sequer prioridade na prestação de apoios pelo território nacional", sustentou o líder da bancada socialista e também presidente do PS, Carlos César.
O líder parlamentar socialista falava após visitar a Obra Social Padre Miguel, em Bragança, deslocação integrada no programa do primeiro dia de Jornadas Parlamentares do PS.
Ainda em defesa sobre a utilidade das instituições de solidariedade social, Carlos César referiu-se depois a "um equívoco, a uma espécie de complexo de esquerda, que também passa um pouco pelo PS e às vezes pelo Governo de que as IPSS são instituições em relação às quais deve haver em primeiro lugar reserva e depois um apoio comedido".
"Ora, o que nós queremos provar nestas visitas é que o primeiro gesto em relação a estas instituições é dizer que elas são absolutamente necessárias ao sistema de proteção e de apoio social", salientou o líder da bancada socialista.
Carlos César visitou a Obra Social Padre Miguel acompanhado pela secretária-geral adjunta do PS, Ana Catarina Mendes, pelo vice-presidente da Assembleia da República e antigo ministro socialista Jorge Lacão, pelo líder da Juventude Socialista, Ivan Gonçalves, e pela deputada do PSD do círculo de Bragança Júlia Rodrigues.
Durante mais de uma hora, o presidente do PS ouviu as explicações do presidente desta instituição, Manuel Pereira, que lhe disse que a Obra Social Padre Miguel, inaugurada no primeiro executivo de José Sócrates, acolhe mais de duas centenas de cidadãos.
Manuel Pereira adiantou que a instituição tem quase cem funcionários e mostrou-se apreensivo com as consequências da provável subida do salário mínimo até 600 euros em 2019.
Confrontado pelos jornalistas com esta preocupação, o presidente do PS defendeu que foram ponderados os efeitos da evolução do salário mínimo nacional.
"Os recentes indicadores da área económica reforçam a nossa convicção de que será possível proceder a esse aumento sem necessidade de compensações aos setores que são mais atingidos em termos de despesas salariais", advogou Carlos César.
No primeiro ponto do programa das Jornadas Parlamentares do PS, o líder da bancada socialista reuniu-se com o presidente da câmara de Bragança, o social-democrata Hernâni Dias - encontro de caráter institucional que durou pouco mais de meia hora.
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