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Cristas acusa Costa de malabarismos. Ele fala em boa gestão

A presidente do CDS-PP acusou hoje o Governo de falta de transparência, malabarismos e artimanhas, ao fazer cortes cegos e esconder despesa, tendo o primeiro-ministro respondido que as cativações são um instrumento essencial à boa gestão orçamental.

Cristas acusa Costa de malabarismos.  Ele fala em boa gestão
Notícias ao Minuto

17:51 - 26/04/17 por Lusa

Política Assembleia da República

"Os senhores congelam, cortam, dizem que baixam os pagamentos em atraso porque nem aceitam notas de encomenda e gastam primeiro e põem a despesa debaixo do tapete. É falta de transparência, malabarismos e artimanhas, disso já estamos fartos e sabemos onde nos levou", acusou Assunção Cristas.

A líder centrista questionou António Costa sobre dívidas na saúde, tendo apontado como "despesa debaixo do tapete" que os hospitais peçam dispositivos médicos à consignação, que em muitos casos disse serem consumíveis, sem nota de encomenda, citando queixas de credores de unidades hospitalares hoje na comissão parlamentar de saúde.

O confronto entre Cristas e Costa ficou marcado pela defesa do primeiro-ministro das cativações enquanto instrumentos de boa gestão orçamental, de forma a que não se dê "um passo maior do que a perna" e as despesas sejam geridas de acordo com as receitas ao longo do ano.

"A cativação é um elemento essencial para assegurar a boa gestão orçamental, para assegurar que o Orçamento vai sendo gerido ao longo do ano tendo em conta aquilo que é a evolução da receita e a evolução da despesa, para prevenir surpresas e assegurar que cumpriremos no final do ano as metas orçamentais que nos propusemos", sustentou António Costa.

"No dia em que as cativações não existam, posso absolutamente assegurar que não haverá boa gestão orçamental", sublinhou.

Assunção Cristas agradeceu ao primeiro-ministro "esta confissão": "Acabou de assumir que nada daquilo a que se propor fazer no Orçamento é para cumprir".

"É bom que assuma com clareza que, de facto, cativações transformam-se em cortes cegos, despesa congelada, que é o oposto do que dizia quando estava na oposição e reclamava mais investimento público", defendeu, argumentando que "a forma como atingiu o défice já percebemos: é desdizendo tudo com o que se comprometeu".

A presidente do CDS-PP recordou, perante o assentimento de cabeça do seu ex-primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho: "Eu passava o ano inteiro a batalhar para descativar verbas, mas conseguia e é por isso que não voltava com a palavra".

"É por isso que sabia que os fundos comunitários eram todos executados, todos e mais houvesse, e é por isso que havia um setor a investir como nunca, coisa que os senhores não sabem fazer porque não têm respeito pela palavra dada", afirmou.

A presidente do CDS-PP insistiu no tema do imposto sobre combustíveis e a neutralidade fiscal que, disse, o Governo prometeu e não está a cumprir.

"O senhor arrecadou, contra a sua palavra, 250 milhões de euros do bolso dos contribuintes, Infelizmente já percebemos que essa palavra não vais ser honrada, já foi para o caixote do lixo", acusou Assunção Cristas.

Ainda sobre as dívidas na área da saúde, perante uma afirmação do primeiro-ministro de que a líder centrista tinha tido da parte dos responsáveis da saúde todas as explicações hoje de manhã, Cristas corrigiu António Costa.

"Tomo boa nota que não sabe responder, aconselhava-o a que de facto se inteirasse, porque quem esteve aqui hoje de manhã foram os credores, a queixarem-se de um Governo que não paga o que deve, e que mais, nem sequer deixa que vão as notas de encomenda, que exige que haja consignações e só depois aparece as notas de encomenda", afirmou.

A líder do CDS-PP atirou ainda: "No ano passado, foi no último mês do ano que pagou dívidas acumuladas na saúde, com 400 milhões de euros que aparecera de uma receita extraordinária. Vamos ver qual é a receita extraordinária que aparece este ano".

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