Mantemos "relação franca e leal" com Marcelo Rebelo de Sousa
António Costa maca presença nos festejos dos 43 anos do 25 de Abril.
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Política Costa
No discurso que protagonizou, esta manhã, o presidente da República deu ao atual Governo um prazo de dois anos e meio para obter um maior crescimento.
Confrontado com estas metas, António Costa afirmou hoje que “todos os dias trabalhamos para isso”.
António Costa falava aos jornalistas cerca de uma hora depois da abertura ao público dos jardins da residência oficial do primeiro-ministro, depois de ter sido questionado sobre o teor do discurso esta manhã proferido por Marcelo Rebelo de Sousa na Assembleia da República, em que pediu "mais crescimento e melhor distribuição da riqueza" em Portugal.
O primeiro-ministro não quis avaliar as declarações de Marcelo Rebelo de Sousa mas garantiu que “ouve com atenção e medita” sobre as suas palavras e que com ele tem tido “uma relação franca e leal” para que o país continue a evoluir todos os dias.
"Entendemos essas palavras como um grande estímulo. Considero que foi de grande otimismo relativamente à experiência destes 43 anos de democracia e à energia que todos temos de colocar para que os próximos 43 anos sejam ainda melhores", sustentou o primeiro-ministro.
Ainda sobre a questão do crescimento económico, o líder do executivo defendeu que as metas que o Governo fixou são as metas que se encaminham para aquilo que é necessário conseguir: "retomar uma trajetória de convergência com a União Europeia" e voltar ao ritmo de crescimento registado até ao início deste século.
"Desde 2000 até agora, a média de crescimento foi de 0,2% ao ano, porque a economia portuguesa tem levado tempo a adaptar-se ao euro, à globalização e ao alargamento a leste. Temos de nos centrar numa visão de médio prazo, investindo em áreas essenciais para que haja um crescimento sustentado: qualificação dos cidadãos e inovação tecnológica das empresas", apontou.
Tendo ao seu lado o dirigente histórico socialista e ex-candidato presidencial Manuel Alegre, assim como o presidente do PS, Carlos César, o primeiro-ministro defendeu "uma democracia de portas abertas todos os dias".
"No ano passado, neste mesmo local, com o presidente da Câmara de Lisboa [Fernando Medina], anunciámos que todos os domingos estes jardins de São Bento estariam abertos ao público - e passaram a estar. Este dia 25 de Abril é um dia especial de festa", declarou.
O socialista referiu que o programa das celebrações inclui, entre outros, a espetáculos de Jorge Palma e das crianças do Cant'art, e a inauguração de uma escultura de Vhils.
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