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PSD deseja vitória do candidato "amigo da UE" na segunda volta

O PSD manifestou hoje a expectativa de que o centrista Emmanuel Macron possa triunfar na segunda volta das eleições presidenciais francesas, por ser o candidato "amigo da União Europeia, da sociedade aberta e das liberdades".

PSD deseja vitória do candidato "amigo da UE" na segunda volta
Notícias ao Minuto

13:41 - 24/04/17 por Lusa

Política França

Em declarações à Lusa, o vice-presidente da bancada do PSD e membro da Comissão de Assuntos Europeus Miguel Morgado destacou "uma primeira volta disputadíssima", no domingo em França, em que os candidatos estavam divididos entre, de um lado, os pró-europeístas e, do outro, candidatos da extrema-esquerda e extrema-direita "contrários a uma visão de sociedade aberta e da União Europeia".

"O que há a salientar neste momento é a expectativa de que o candidato que favorece processo de integração europeia, a sociedade aberta, o elogio de liberdades, venha a triunfar. Esta decisão cabe aos franceses, mas, do ponto de vista de Portugal, que é um aliado importante de França, é inegável que os interesses de Portugal estão muito mais ligados ao candidato que seja amigo da União Europeia, da sociedade aberta e das liberdades", sublinhou.

Sobre a passagem da candidata de extrema-direita, Marine Le Pen, à segunda volta, o deputado Miguel Morgado salientou ser "sempre preocupante nas democracias europeias quando as forças extremistas adquirem ascendente na opinião pública, sejam de esquerda ou de direita, seja em França ou noutros países".

O vice-presidente do PSD destacou ainda os resultados "francamente dececionantes" dos partidos que têm dominado o sistema político em França, "em particular o centro esquerda francês".

"Nunca devemos ser cegos nem surdos para a evolução das sociedades e para a maneira como as pessoas no dia-a-dia vão expressando as suas frustrações e os seus anseios. Nenhum partido mais tradicional pode estar alheio a essa evolução", alertou.

Miguel Morgado, professor universitário e doutorado em Ciência Política, salientou que esta erosão dos partidos tradicionais tem sido "um fenómeno transversal" na Europa e que se tem verificado também nos países com um desempenho económico satisfatórios.

"É um fenómeno mais generalizado, partidos políticos e sociedade civil têm de estar muito atentos a esta evolução e responder-lhe", defendeu.

Quando estavam apurados 97% dos sufrágios em França, o centrista Emmanuel Macron lidera a primeira volta das presidenciais francesas com quase mais 2,5 pontos percentuais do que a candidata da extrema-direita, Marine Le Pen.

Segundo os dados do Ministério do Interior, quando falta apurar apenas 3% dos votos, Macron obteve 23,86% dos votos, enquanto Le Pen conquistou 21,43%.

Macron e Le Pen disputam a presidência na segunda volta, dentro de duas semanas, a 07 de maio.

Em terceiro lugar ficou o conservador François Filon, com 19,94%, enquanto Jean-Luc Mélenchon (esquerda) obteve 19,62% dos votos.

O socialista Benoît Hamon obteve uma derrota histórica para o seu partido, com 6,35% dos votos.

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