"Divórcio" começa no dia em que o Reino Unido "meteu os papéis"
É oficial: Londres invocou o Artigo 50 do Tratado de Lisboa, abrindo caminho à saída da União Europeia.
© Global Imagens
Política Carlos Zorrinho
Foi através de uma missiva que o Reino Unido abriu hoje caminho à saída oficial da União Europeia.
O eurodeputado socialista Carlos Zorrinho comentou o assunto numa publicação no Facebook, onde faz uma curiosa analogia com o divórcio.
“Hoje não foi o dia em que o Reino Unido decidiu divorciar-se do projeto europeu. Foi só o dia em que meteu os papeis e soube formalmente que o processo vai ser litigioso. Mas foi um dia muito especial”, escreveu, assumindo que o que sentiu hoje em Bruxelas “foi um misto de tristeza e indiferença”.
Explica Carlos Zorrinho que a tristeza adveio dos que “se uniram ao projeto europeu por paixão, partilha de valores, desejo de quebrar séculos e séculos de conflito, guerra e privação”, já a indiferença refere-se aos que “vieram por interesse, sempre com a porta entreaberta para sair quando o momento lhe vier a pedir algo mais do que a contabilidade do deve e do haver”.
Conta ainda o eurodeputado português que as reações em Bruxelas foram variadas. Viu “lágrimas, tristeza, indiferença e júbilo”.
A UE, acrescenta, “é um espaço de liberdade e tolerância” onde “todos têm direito à livre expressão dos seus sentimentos e vontades”. E que tal se viu igualmente entre os representantes ingleses, onde viu “paixão e indiferença”, embora “mais paixão do que indiferença”.
No final desta publicação, Zorrinho deixa ainda o seu desejo sobre os efeitos deste divórcio: que “preserve a paixão pela UE e que nele não triunfe a lógica dos interesses”.
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