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Medina acusa PSD e CDS de "aproveitamento político"

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina (PS), acusou hoje vereadores do PSD e do CDS-PP de "aproveitamento político" e de um comportamento "simplório e oportunista" em incidentes como o do viaduto de Alcântara.

Medina acusa PSD e CDS de "aproveitamento político"
Notícias ao Minuto

20:10 - 29/03/17 por Lusa

Política PS

"Os senhores vereadores da oposição João Gonçalves Pereira [CDS-PP] e António Prôa [PSD] têm procurado, a propósito de problemas na cidade, um aproveitamento político simplório", afirmou o presidente da Câmara de Lisboa, numa discussão acesa que marcou o período antes da ordem do dia da reunião pública do executivo.

Fernando Medina referia-se às reações dos vereadores da oposição quanto a problemas recentes na cidade, como o desvio de um pilar no viaduto de Alcântara, o abatimento de parte do piso na Avenida de Ceuta ou o colapso de um muro na Graça que afetou vários prédios na rua Damasceno Monteiro.

O presidente do executivo, de maioria socialista, acusou a oposição de um "comportamento simplório e oportunista sobre eventos que são correntes numa cidade com a dimensão de Lisboa".

Na semana passada, um desvio num dos pilares do viaduto de Alcântara (que passa por cima das avenidas Brasília e da Índia, entre a Avenida de Ceuta e as Docas) provocou o corte do trânsito e a paragem da circulação de comboios.

A causa provável apontada pelo município foi o embate de uma viatura pesada no pilar, mas a justificação não convenceu a oposição, que na altura criticou a falta de investimento na manutenção da cidade.

Esta posição foi reiterada hoje pelo vereador centrista João Gonçalves Pereira, que observou que "houve várias declarações, em diferentes momentos, sobre as razões e causas do problema, e não se percebe a alegada travagem no local".

O vereador acusou Medina de se "evaporar e não aparecer" quando há problemas, uma vez que na altura o presidente não prestou qualquer declaração sobre o assunto (foram os vereadores do Urbanismo e da Proteção Civil a falar no local aos jornalistas).

Para Fernando Medina, é "uma total insensatez" atribuir responsabilidades à Câmara, uma vez o município que "não pode evitar acidentes".

O autarca convidou então o vereador a acompanhar de perto as "20 mil ocorrências de proteção civil" registadas por ano, ironizando que "o oportunismo se cheira à distância".

"O que me preocupa é [o executivo] ainda dizer que a causa é provável, não haver uma causa evidente", advogou o vereador António Prôa, depois de Medina ter reiterado a justificação.

Na opinião do social-democrata, "a falta de informação não promove a transparência e a falta de transparência não promove a confiança".

O autarca do PSD insistiu na "necessidade de tranquilizar os lisboetas quanto ao estado de conservação das infraestruturas que usam diariamente", pedindo o acompanhamento do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC).

Em reposta, o presidente da Câmara afirmou que "o LNEC não tem condições para fazer uma avaliação regular".

Sobre o buraco na Avenida de Ceuta, o vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, informou que, apesar de o relatório feito pelos serviços municipais ter concluído que "não teve origem nem por abatimento da estrutura física nem problemas hidráulicos do caneiro de Alcântara", foi "implementado um plano de inspeção periódica".

Apontando que são feitas vistorias regulares às infraestruturas viárias da cidade, Manuel Salgado elencou algumas dezenas realizadas ao longo dos últimos meses.

O autarca apontou para o final da semana a divulgação dos relatórios sobre uma obra no Parque das Nações onde existem solos contaminados e sobre o deslizamento de terras na rua Damasceno Monteiro.

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