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Jerónimo acusa UE de arranjar novos pretextos para penalizar Portugal

O secretário-geral do PCP acusou hoje a União Europeia de recorrer a um novo pretexto para penalizar Portugal após a redução do défice de 2016 para 2,1 por cento, como foi hoje confirmado pelo INE (Instituto Nacional de Estatística).

Jerónimo acusa UE de arranjar novos pretextos para penalizar Portugal
Notícias ao Minuto

20:06 - 24/03/17 por Lusa

Política PCP

"Creio que era importante lembrar que a União Europeia e as suas instituições andaram, permanentemente, a ameaçar, a chantagear, a ameaçar multar o nosso país, caso não cumprisse o défice, que eles definiam como três por cento. Pois, alcançou-se 2,1 por cento. E agora a chantagem, a ameaça, a sanção, já não é pelo défice, mas sim pela falta de procedimento da política macroeconómica," disse Jerónimo de Sousa.

"Bem podíamos dizer: ontem era o défice, hoje é a política macroeconómica, amanhã será a dívida, ou seja, todos os constrangimentos que eles colocam sobre o nosso país, servirá sempre de argumento para impedir o nosso crescimento e o nosso desenvolvimento", acrescentou Jerónimo de Sousa.

O líder comunista, que falava na inauguração da exposição "Mais Direitos, mais Futuro - Não à Precariedade", no Fórum Romeu Correia, em Almada (Setúbal), deixou também um apelo ao governo para acabar com a precariedade dos vínculos laborais, que considerou ser um flagelo para as famílias e para o desenvolvimento do país.

"É preciso, é urgente e é possível acabar com este flagelo individual, este drama social, este obstáculo ao desenvolvimento do país", disse Jerónimo de Sousa, depois de visitar a exposição, uma adaptação de uma exposição idêntica que esteve patente na Festa do Avante, que está a percorrer todo o país.

Para o líder comunista, é evidente que a precariedade dos vínculos laborais não serve aos trabalhadores, mas aos "poucos que se alimentam da exploração, insegurança e instabilidade de muitos e aos que pagam aos trabalhadores não permanentes menos 30% a 40% do que aos trabalhadores com vínculo efetivo".

"Serve aos poucos que se alimentam da chantagem e do cutelo do desemprego como forma de pressão constante sobre os direitos" e "aos poucos que enriquecem à custa do empobrecimento de muitos, sabendo que quanto maior for a precariedade laboral maior é o risco de pobreza", frisou

"A precariedade dos vínculos é a precariedade dos salários, dos direitos, é a precariedade da vida profissional, pessoal e familiar", sustentou.

Jerónimo de Sousa concluiu que a precariedade laboral "é um flagelo e um drama social que o Estado tem a obrigação e a urgência de combater".

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