Redução do défice é "positiva", mas foi "feita pelo caminho errado"

O PSD considerou hoje que a redução do défice para 2,1% é um dado positivo para o país mas que foi feita "pelo caminho errado", com recurso a medidas extraordinárias e não sustentáveis.

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Lusa
24/03/2017 12:54 ‧ 24/03/2017 por Lusa

Política

Duarte Pacheco

 

Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado do PSD Duarte Pacheco disse que, com este resultado hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o partido espera que "Portugal possa sair do Procedimento por Défice Excessivo".

No entanto, salientou que todas somadas as medidas "não sustentáveis e extraordinárias" representam cerca de 1,4% do PIB, considerando que se "reduziu o défice mas com habilidades".

"Ainda por cima temos um agravamento da dívida pública que passou os 130% do PIB [Produto Interno Bruto]. Se a redução é boa, foi por um caminho errado, que não é sustentável", criticou.

O défice orçamental ficou nos 2,1% do PIB em 2016, em linha com o previsto pelo Governo e um valor que abre caminho ao fim do Procedimento por Défices Excessivos (PDE), divulgou hoje o INE.

Para o deputado do PSD, "as habilidades do Governo têm consequências na degradação dos serviços públicos", apontando como exemplos as áreas da saúde, educação ou segurança.

Duarte Pacheco sublinhou que o caminho de redução do défice foi iniciado em 2011, pelo executivo PSD/CDS-PP, quando o défice estava "num valor de 11%".

"Nós desejamos que Bruxelas tome a decisão do país sair do PDE", defendeu, apesar de considerar que o Governo não conseguirá no futuro manter cortes no investimento público como os realizados em 2016.

O deputado social-democrata disse que tal obrigará o Governo a encontrar outro tipo de medidas para conseguir reduzir o défice ou mantê-lo no nível conseguido este ano.

"Isso é um trabalho árduo, mas que compete ao Governo escolher o caminho para o alcançar", disse.

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